23/06/2017 08h52
São cumpridos mais de 30 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão. Policiais civis, militares e federais então entre os investigados
Redação
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (23), uma operação para desarticular três organizações criminosas responsáveis pelo comércio irregular de anabolizantes e outros medicamentos para emagrecimento.
São cumpridos 30 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A participação de policiais civis, militares e federais é investigada.
As investigações começaram em julho de 2016 após informações sobre o comércio irregular das substâncias em academias, lojas de suplementos alimentares na cidade gaúcha de Rio Grande, no Sul do estado, onde foram cumpridas ordens judiciais em lojas e casas localizadas nos bairros do Centro, Vila Maria e Buchowls.
Segundo a Polícia Federal, parte do anabolizante irregular consumido em Rio Grande era fornecida por três organizações criminosas estabelecidas na cidade de São Paulo.
Esses grupos importavam de forma irregular, segundo a polícia, anabolizantes e medicamentos fabricados no Paraguai, na Argentina, na Índia, e em outros países. O material, sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), era distribuído para diversos estados.
A ação no Rio de Janeiro começou por volta das 6h30, quando os agentes foram à Rua Londrina, no bairro Brás de Pina, Zona Norte da capital fluminense. Foram cumpridos mandados em um endereço residencial.
Ainda conforme a Polícia Federal, há indícios de falsificação e comercialização de medicamentos adulterados, como hormônios de crescimento, e também da aquisição de anabolizantes no mercado interno, de forma fraudulenta, que eram desviados para serem revendidos de forma clandestina.
A estimativa da polícia é de que as três organizações movimentavam R$ 2 milhões mensalmente.
As investigações apontaram ainda que o esquema tinha participação de servidores de órgãos de segurança pública. Por isso, policiais federais, civis e militares são investigados na operação.
(*) G1.COM