07/03/2012 16h26 – Atualizado em 07/03/2012 16h26
PF pede quebra de sigilo e diz que 80 garagistas são suspeitos de lavagem de dinheiro e envolvimento com o tráfico
Revendedores de carros são suspeitos de participação de atividades ilícitas, especialmente lavagem de dinheiro e tráfico de drogas
Da Redação
A Justiça Federal autorizou a quebra de sigilo fiscal e bancário de 80 empresários que atuam na compra e venda de carros usados em Dourados. Os chamados garagistas, segundo a Polícia Federal, que pediu a quebra de sigilo, são suspeitos de participação de atividades ilícitas, especialmente lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, segundo informa o site Dourados Agora.
A PF começou a recolher documentos e analisar a movimentação financeira dos garagistas. A investigação começou há quase um ano, em março de 2010. A PF pediu mais 90 dias para concluir as investigações e remeter eventuais inquéritos à Justiça federal.
O responsável pelas investigações é o delegado Dênis Colares de Araújo. Seu antecessor, o delegado Bráulio Galoni, transferido para Campo Grande, iniciou as investigações com base em denúncias anônimas, e já havia declarado, segundo o site Dourados Agora, que muitas garagens já foram investigadas e não foram encontrados indícios de envolvimento em atividades ilícitas. As perícias em documentos fiscais e bancários podem indicar indícios e se isso ocorrer será aberto inquérito policial.
Dourados tem dezenas de empresas de compra e venda de carros. A maioria está localizada nas quatro principais vias da cidade – as avenidas Marcelino Pires e Weimar Gonçalves Torres e nas ruas Joaquim Teixeira Alves e Hayel Bon Faker. Não existe informação oficial sobre o número de empresas desse ramo em Dourados.
Na Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced), apenas 16 empresas de compra e venda de veículos aparecem na lista de associados no ano de 2010, quando as investigações começaram. Entre estas, havia concessionárias de marcas nacionais e revendas de motos. Segundo empresários do setor, a maioria das garagens não possuia, na época, sequer o alvará de funcionamento emitido pela prefeitura, diz o site.