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quinta-feira, 25 de abril de 2024

PM recolhe viaturas e suspende policiamento em Ponta Porã

24/06/2006 08h26 – Atualizado em 24/06/2006 08h26

Conesul News

Um flagrante caso de falta de condições de trabalho está sendo registrado no 4º Batalhão da Polícia Militar de Ponta Porã. Há dois dias o comando da unidade determinou o recolhimento de todas as viaturas da corporação e suspendeu o atendimento de ocorrências porque não tem combustível para ir em socorro da população, por pior que seja a ocorrência. O problema está inclusive gerando mal estar na tropa, pois no último chamado sobre uma tentativa de homicídio na cidade, os policiais foram verificar a ocorrência sob risco de abandonar a viatura na rua. Na tarde de quinta-feira, a intenção da PM na tarde desta quinta-feira, após o jogo do Brasil, era monitorar os torcedores na Avenida Brasil para evitar abusos registrados nas comemorações anteriores. O trabalho, que havia dado resultado e obtivera elogios da sociedade, acabou sendo abortado e a avenida ficou sem policiamento. As últimas quotas autorizadas de abastecimento eram de dez litros de combustível por dia (o tanque da viatura é para 80 litros) para cada ‘camburão’, insuficiente até mesmo para os mais simples serviços burocráticos da unidade. A mesma situação de penúria atinge a Polícia Civil. A interrupção do trabalho da polícia acaba coincidindo com a onda de assaltos que atinge vários pontos da cidade, como o ataque a lojas revendedoras de telefones celulares. Alguns crimes, como os das revendas de telefonia móvel, só foram elucidados porque houve empenho pessoal de delegados e agentes, inclusive não raro com abastecimento de carros com dinheiro do próprio bolso. Em outras ocorrências, a população foi obrigada a tomar providências para ajudar a Polícia Militar, como na prisão de Leandro Aparecido Ribeiro, 24 anos, na Rua Iturama, no Residencial Ponta Porã. O rapaz havia tentado roubar uma motocicleta de Idalina C. Amaral, quando foi perseguido, capturado no próprio bairro pelos vizinhos da vítima e depois entregue à PM para ser encaminhado ao 1° Distrito Policial. Com a falta de combustível, a Polícia Militar fica impossibilitada de cumprir outras funções que lhe são atribuídas, como policiamento ostensivo de trânsito e escolta de presos para serem ouvidos no Fórum, nas delegacias e para serem atendidos no hospital em casos de problemas de saúde.

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