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sábado, 20 de abril de 2024

Polícia Civil resgata mulher em situação semelhante à de escrava em Água Clara

Vítima de 56 anos relata ter apanhado com um porrete do proprietário, que não pagava salário pelos serviços. “Eu vi o demônio na minha frente”, relata

A Polícia Civil resgatou nesta terça-feira (4), uma mulher suspeita de estar em situação semelhante à de escrava em Água Clara (MS). Ela ainda teria apanhado com um porrete do patrão em um surto violento. Junto com a vítima foi resgatada sua cadela Border Collie.

Segundo a polícia, a ação ocorreu após denúncias de que a vítima de 56 anos estaria sendo mantida em situação de escrava em uma chácara, localizada naquela cidade. Ao checarem as informações, os investigadores, em contato com a mulher, confirmaram as informações repassadas.

Polícia Civil resgata mulher em situação semelhante à de escrava em Água Clara

AGRESSÕES

Segundo a vítima, o proprietário da chácara a mantinha trabalhando há seis meses no local, realizando todas as tarefas da casa, sem qualquer tipo de pagamento.

Ela ainda relatou aos policiais que o patrão era extremamente agressivo e passava o dia inteiro proferindo xingamentos, e em um episódio recente, teve um surto de raiva e utilizou um porrete para quebrar o vidro de uma caminhonete e a agredir no antebraço com a arma branca.

Polícia Civil resgata mulher em situação semelhante à de escrava em Água Clara

MEDO DE PERSEGUIÇÃO

A vítima foi resgatada juntamente com sua cadela e levada à um local seguro e afastado do agressor. Durante o seu depoimento, ela relatou a agressão e confirmou que era mantida trabalhando sem salário, dizendo ainda que quando o patrão a agrediu “viu o demônio em sua frente” (sic).

A mulher ainda afirmou aos policiais que tinha muito medo de sair do local devido agressividade do suspeito, que poderia persegui-lá na cidade por ter muitos contatos.

Ainda de acordo com a polícia, a vítima apresentou fotos comprovando sua declaração. O suspeito será investigado pelo crime de redução à condição análoga à de escravo (149 do Código Penal), com pena de 2 a 8 anos, e ainda pelo de lesão corporal grave (129, §1º do CP), com pena de 1 a 5 anos.

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