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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Preço do álcool deve cair, mesmo com maior mistura com gasolina

14/11/2006 15h58 – Atualizado em 14/11/2006 15h58

TV Morena

O preço do álcool combustível ao consumidor deve cair se distribuidoras e postos repassarem as reduções conseguidas junto a algumas usinas nesta semana. Apesar de haver pressão da demanda, em virtude do aumento de 20% para 23% na mistura do álcool anidro à gasolina a partir da próxima segunda-feira (20), as usinas do Centro-Sul do Brasil estão com os estoques altos, mesmo com o fim do processamento da safra de cana-de-açúcar. Com isso, de acordo com Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), muitas unidades escoam o álcool anidro e o hidratado por um preço mais baixo por falta de capacidade de armazenamento da produção. “O preço se manteve estável nas últimas semanas nas usinas, mas o excesso de produto, com o álcool saindo pelo ladrão nas usinas, tem trazido preços melhores para as distribuidoras”, afirmou o vice-presidente executivo do Sindicom, Alísio Vaz. A estabilidade é confirmada pelo indicador semanal de preços para o álcool do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). Há sete semanas o preço do anidro está entre R$ 0,86 e R$ 0,87 o litro e há dez semanas o preço do litro do hidratado varia entre R$ 0,75 e 0,76 nas usinas paulistas. De acordo com a entidade, o litro do anidro foi negociado nas unidades produtoras na última semana a R$ 0,86342, queda de 0,09% ante os R$ 0,86419 da semana anterior. Já o preço do hidratado recuou o mesmo porcentual na semana, de R$ 0,75923 para R$ 0,75851. No mercado, estima-se que as unidades produtoras tenham um estoque em torno de 5 bilhões de litros de álcool, o que daria para suportar, com tranqüilidade, o período de entressafra na cana, entre dezembro e abril de 2007. A União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo (Unica) informou o processamento da cana-de-açúcar até 1º de novembro totalizou 334,81 milhões de toneladas, 90% das cerca de 372 milhões de toneladas previstas para serem moídas na safra 2006/2007. “Uma recuperação do preço deve ocorrer quando a safra acabar e os agentes avaliarem qual o tamanho real do mercado”, afirmou o consultor Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool. A Unica informou que até 1º de novembro 40 das 220 usinas do Centro-Sul do Brasil já haviam encerrado a moagem. Ainda de acordo com a entidade, a produção de álcool total já atingiu 14,27 bilhões de litros, 10,5% superior aos 12,91 bilhões de litros de igual período da safra 205/06. Enquanto a produção de álcool anidro permaneceu praticamente estável, passando de 6,69 bilhões para 6,71 bilhões de litros, a de álcool hidratado teve aumento de 21,4%, de 6,22 bilhões para 7,56 bilhões de litros se comparados os mesmos períodos.

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