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Três Lagoas
terça-feira, 23 de abril de 2024

Preços disparam nos supermercados e empresários culpam fornecedores

Procon investiga aumento nos preços e afirma que notas fiscais comprovam que empresários locais estão mesmo pagando muito mais caro pelas mercadorias

Um litro de leite a quase R$ 5. Um quilo de alho a R$ 35. O consumidor três-lagoense que está indo às compras nos últimos dias reparou que os preços dispararam nas gôndolas dos supermercados.

E a culpa, segundo o Procon, não é dos empresários locais. Após denúncias de clientes, o Procon visitou estabelecimentos e pediu para ver as notas fiscais de compra, para verificar se há cobrança abusiva.

Segundo o diretor do órgão de defesa do consumidor de Três Lagoas, Adenaldo Nunes, as faturas indicam que o sobrepreço está na compra por parte dos mercados.

“Constatamos que os fornecedores aumentaram o valor de venda”, disse. “Como exemplo, ontem fui até um determinado supermercado que estava vendendo o alho a R$ 35 o quilo, mas eles tinham comprado por R$ 26 do fornecedor, porque o alho vem da Argentina e com o aumento no valor do dólar refletiu no preço do produto”, disse.

Itens da cesta básica são os que sofreram os maiores reajustes. Arroz, feijão, leite, ovos e óleo de soja estão muito mais caros.

“Com a alta dos preços dos fornecedores não temos como multar o estabelecimento porque não é culpa dos comerciantes”, disse.

Boicote e substituição

Para o dono da rede Nova Estrela, Joaquim Romero, cabe ao consumidor escolher as marcas com os preços mais aceitáveis e boicotar as marcas e produtos que estão muito caros. “Nós não produzimos as mercadorias; as compramos, assim como o consumidor. Nossas notas de compra das distribuidoras estão sempre à disposição do Procon e dos consumidores para conferirem o valor pago”, disse. “Para segurarmos o preço precisamos não consumir o produto ou a marca. Quanto maior a procura, mais o preço sobe”, afirmou.

O Procon esteve em todos os maiores supermercados da cidade e não encontrou, em nenhum dos lugares fiscalizados, casos de abuso por parte dos comerciantes. “Pelo contrário: muitos deles estão reduzindo suas margens de lucro para poder vender.

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