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Três Lagoas
quinta-feira, 28 de março de 2024

Produção de mel de Três Lagoas e região bate novo recorde e consolida Costa Leste no cenário estadual da apicultura

Em pouco mais de dez anos do Programa Colmeias, da Suzano, a produção regional de mel saltou de 7,3 toneladas para 170 toneladas/ano, com uma produtividade acima da média nacional

Com o apoio da Suzano, por meio do Programa Colmeias, produtores rurais de Três Lagoas e região conseguiram quebrar novo recorde de produção e consolidar a Costa Leste como importante produtora de mel em Mato Grosso do Sul. Em pouco mais de uma década de atuação, a produção de mel nos municípios que abrangem a área de atuação da Suzano, em Mato Grosso do Sul, teve um crescimento que supera a marca de 2.228% – índice baseado nos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Em 2009, apontou a pesquisa sobre pecuária do IBGE, os municípios de Três Lagoas, Brasilândia, Selvíria, Água Clara e Santa Rita do Pardo haviam produzidos, juntos, 7,3 toneladas de mel. Em 2018 (levantamento mais recente), o volume saltou para 107,7 toneladas de mel. Com isso, a região Leste passou a responder por 15% da produção estadual de mel no Estado. Já na última safra, os produtores apoiados pelo Colmeias atingiram a marca de 170 toneladas de mel, novo recorde para o programa no Estado.

“Uma das prioridades da Suzano é promover a geração de renda e desenvolvimento sustentável nas comunidades em seu entorno. O Programa Colmeias, assim como o PDRT [Programa de Desenvolvimento Rural e Territorial], tem o objetivo de fortalecer o pequeno produtor rural, por meio de parcerias com associações, fomentando ainda a diversificação das culturas. Em Mato Grosso do Sul, o resultado do programa tem superado todas as expectativas e mostrado que a apicultura pode ser uma importante fonte de renda para a região”, destaca Israel Batista Gabriel, coordenador de Desenvolvimento Social da Suzano.

O aumento na produção deve-se tanto à adesão de novos apicultores quanto ao aumento da produtividade, por meio de investimentos e melhora das técnicas do manejo – uma das prerrogativas do programa. Quando iniciado, o Colmeias apoiava nove produtores rurais. Hoje, são cerca de 170 apicultores na região. O número corresponde a 19,5% do total de produtores de mel em Mato Grosso do Sul, 870 ao todo, conforme dados da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal).

Atualmente, são cerca de sete mil colmeias instaladas nas florestas plantadas da Suzano. A produtividade registrada entre os apicultores apoiados pelo programa foi de 34,65 quilos por colmeia, 65% a mais que a média nacional, 21 quilos. No ano passado, somente os produtores apoiados pelo programa obtiveram uma produção de 117 toneladas de mel, o que corresponde a uma receita estimada em R$ 500 mil.

Investimentos e renda

“Muitos produtores viram os benefícios proporcionados pelo Colmeias e se interessaram pela cultura. Criou-se um efeito em cadeia, em que um apicultor repassa o aprendizado obtido a outro produtor. Também percebemos que, além do aumento dos apicultores, houve investimento na produção daqueles que já estavam atuando na cultura. Praticamente todos que estão na área conseguiram ampliar a capacidade de produção. É exatamente esse o nosso objetivo: proporcionar a autonomia desses produtores.”, completa Evânia Lopes, consultora de Desenvolvimento Social da Suzano em Mato Grosso do Sul.

A apicultura é, na maioria dos casos, a segunda ou terceira fonte de renda dos produtores, o que vem ao encontro da ideia de desenvolvimento sustentável e a diversificação das atividades no campo.

“Sempre houve produção de mel no município, mas o salto que tivemos com a chegada da Suzano e as florestas de eucalipto foi, de fato, muito expressivo. Com a parceria do Programa Colmeias conseguimos nos organizar, trabalhar de forma unida e com apoio técnico. Essas foram as principais conquistas proporcionadas pelo programa. Queremos um crescimento sustentável, em que o apicultor possa produzir cada vez mais e com maior qualidade. Buscamos o desenvolvimento e o fortalecimento dos pequenos produtores, não um crescimento desordenado na região”, destacou Noel Lima de Araújo, presidente da Unileste (Associação Regional de Apicultores da Costa Leste).

Araújo está no Programa Colmeias desde 2015 e conta como as florestas plantadas de eucalipto ajudaram os produtores locais. “Tivemos três anos consecutivos ruins para a apicultura, por conta de, entre outros fatores, condições climáticas. Mesmo assim, mantivemos a produtividade acima da média nacional, por isso, acredito que até superamos essa estimativa do IBGE”, completou o presidente da Unileste.


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