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sábado, 20 de abril de 2024

Reféns de seqüestro em massa de Bagdá são libertados

15/11/2006 11h39 – Atualizado em 15/11/2006 11h39

Folha Online

Quase todas as pessoas seqüestradas nesta terça-feira (14) em Bagdá num edifício do ministério da Educação Superior foram liberadas, anunciou nesta quarta-feira o gabinete do premiê do Iraque. “Só duas pessoas seqüestradas ontem seguem nas mãos de seus seqüestradores”, disse à agência de notícias AFP Alí Al Dabbagh, porta-voz do primeiro-ministro Nouri Al Maliki. “No total, 39 pessoas foram seqüestradas nesta terça-feira: 16 empregados, 5 visitantes e 18 vigilantes da força de proteção das instalações. Vinte foram liberadas ontem, 17 na madrugada de hoje”, acrescentou.Na terça-feira, o ministro da Educação Superior, Abed Diab Al Ujaili, disse que entre 100 e 150 empregados e visitantes haviam sido seqüestrados no bairro de Karradah (centro-oeste de Bagdá). Ao longo do dia, o número caiu para prováveis 50 reféns até ser oficialmente reajustado para 39 pessoas. Universidades fechadasAl Ujaili ordenou que todas as universidades fossem fechadas após o seqüestro, até que a segurança fosse restabelecida, mas seu porta-voz Basil al Khatib disse, mais tarde, que a diretiva havia sido rescindida, após o Exército e a polícia terem prometido melhorar a segurança no Ministério da Educação Superior aos edifícios universitários.O Ministério do Interior afirma ter prendido cinco policiais na noite desta terça-feira que tinham conexão com o seqüestro, inclusive o chefe de polícia de Karradah, vizinhança central de Bagdá, onde está localizado o escritório do Ministério da Educação Superior.Em seu único pronunciamento público sobre o seqüestro, o premiê Nouri al Maliki disse que o evento foi resultado de rivalidades entre grupos armados apoiados por diferentes facções policiais.”O que está ocorrendo não se trata de terrorismo, mas é resultado de discordâncias e conflitos entre milícias de lados opostos”, disse Al Maliki na televisão iraquiana.SeqüestroAl Ujaili afirmou que o seqüestro foi uma operação rápida, que levou apenas 15 minutos.Alaa Makki, chefe do comitê de educação parlamentar, disse que os homens armados tinham uma lista com os nomes das pessoas a serem levadas. Entre os seqüestrados estavam diretores, empregados e diversos visitantes, ele disse.A polícia e testemunhas oculares disseram que os homens, cerca de 80, fecharam as ruas ao redor do Ministério da Educação Superior e Pesquisa Científica, Relações Escolares e do Diretório de Relações Culturais. Testemunhas, como uma professora que estava visitando o local na hora do incidente, disseram que os homens forçaram homens e mulheres a entrarem em ambientes separados, algemaram os homens e os jogaram em carrocerias de picapes. Ela disse, ainda, que alguns dos homens armados estavam mascarados e usavam uniformes de camuflagem azul, um tipo usado por policiais. Grupos ilegais, incluindo milícias xiitas, que estão fortemente infiltrados nas forças policiais, são conhecidos por roubarem e falsificarem uniformes militares.

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