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sexta-feira, 29 de março de 2024

Secretaria de Segurança apura suposto plano para matar Beira-Mar

10/10/2002 14h40 – Atualizado em 10/10/2002 14h40

A Secretaria da Segurança Pública do Rio investiga um suposto plano para matar o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, preso no Batalhão de Choque da Polícia Militar. Segundo denúncia enviada por um advogado para o Comando-geral da PM, Ministério Público e OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil), o traficante seria morto por envenenamento.

A denúncia revela ainda que o advogado foi procurado por um homem que se identificou como “Maurício”, que teria a responsabilidade de “encontrar” alguém, dentro do quartel, para servir comida envenenada para Beira-Mar em troca de US$ 20 mil.

O homem dizia ainda que havia sido contratado pelo escritório paulista de uma agência norte-americana de combate às drogas.

As ligações de “Maurício” ao advogado foram feitas por telefones públicos.

O major Frederico Caldas, assessor de imprensa da Polícia Militar do Rio, afirmou que o comandante Francisco Braz “tomou conhecimento” das denúncias e remeteu as informações para o comandante do Batalhão de Choque, onde está preso Beira-Mar, para que sejam tomadas as providências necessárias e para que se comprove a veracidade das denúncias.

Conforme o Ministério Público, o procurador-geral de Justiça do Rio, José Muiños Piñeiro Filho, recebeu e encaminhou as denúncias para o secretário da Segurança do Estado, Roberto Aguiar.

A Secretaria da Segurança, por sua vez, afirma que, além da denúncia, não há nada concreto sobre o plano, mas admite que investiga a possibilidade.

Beira-Mar

Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi preso em abril de 2001 na selva colombiana. Ele é considerado um dos maiores traficantes de armas e drogas da América Latina e, mesmo na cadeia, coordenava a compra de drogas e armas.

Ele está preso temporariamente no Batalhão de Choque da PM, centro do Rio, desde que liderou, em 11 de setembro, uma rebelião na penitenciária de segurança máxima Bangu 1, na zona oeste. A rebelião, que durou 23 horas, terminou com quatro rivais mortos. A unidade ficou destruída.

Além de Beira-Mar, outros quatro traficantes de Bangu 1 e que participaram do tumulto, foram transferidos para o batalhão.

Além deles, no local estão presos Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, principal acusado pelo assassinado do jornalista Tim Lopes e Marcos Antônio da Silva Tavares, o Marquinho Niterói,

“grampeado” pelo Ministério Público. Conversas gravadas revelam que ele programava o fechamento do comércio no Rio, como ocorreu dia 30 de setembro, em represália ao isolamento dos colegas de facção no batalhão.

Fonte: Folha Online

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