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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Segunda dose da vacina contra o HPV começa na próxima quarta-feira

05/09/2014 11h28 – Atualizado em 05/09/2014 11h28

Para prevenir o câncer de colo de útero, meninas de 11 a 13 anos de idade, que receberam a primeira dose há seis meses, deverão procurar as Unidades de Atenção Básica de Saúde, a partir do dia 10

Da Redação

A Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas, por meio da Coordenação do Setor de Imunização, informa aos pais e educadores de meninas de 11 a 13 anos de idade, que a segunda dose da vacina contra o vírus do papiloma humano –HPV , (sigla do inglês – “Human Papilon Virus”), começará a ser aplicada, a partir da próxima quarta-feira (10).

A vacina estará disponível em todas as Unidades de Atenção Básica de Saúde do Município de Três Lagoas (Postos de Saúde dos Bairros) para atender às meninas de 11 a 13 anos de idade, que já receberam a primeira dose, há seis meses, seguindo o cronograma estabelecido pelo Ministério da Saúde na aplicação dessa vacina, para prevenir com a imunização contra o câncer de colo de útero.

“Cada menina dessa faixa etária deverá tomar três doses para completar a proteção contra o câncer de colo de útero. Portanto, passados seis meses da primeira dose da vacina, é imprescindível que essas meninas comparecem às Unidades de Saúde para a segunda dose”, informou a coordenadora do Setor de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, enfermeira Humberta Azambuja.

Após esta segunda dose, a terceira será aplicada como reforço, passados cinco anos após a primeira dose, recomenda o Ministério da Saúde.

“Por esses motivos, é imprescindível a apresentação da carteira de vacina para receber, nas datas certas, as doses da imunização contra o HPV, principal causador do câncer de colo de útero”, orientou Humberta.

“O cronograma completo da aplicação desta vacina é de três doses. A última dose é daqui a cinco anos e serve como reforço de prevenção”, explicou a enfermeira.

Meninas de 11 a 13 anos de todo o Brasil começaram a receber, desde essa segunda-feira (1º), a segunda dose da vacina conta o vírus HPV, que protege contra o câncer do colo de útero. A aplicação da segunda dose, seis meses após a primeira, é fundamental para garantir a imunização contra o vírus por 5 anos.

O Ministério da Saúde passou a ofertar a vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) em 10 de março. Em apenas seis meses, 4,3 milhões de meninas nessa faixa-etária já foram vacinadas, atingindo 87,3% do público-alvo – uma das maiores coberturas para essa vacina em todo o mundo.

De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, todos os estados conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal da primeira dose da vacina. “Estamos lidando com efeito de saúde pública de grande magnitude. As estimativas para este ano é de que ocorram 15 mil novos casos de câncer do colo de útero e cerca de 4,8 mil óbitos. No entanto, a combinação do sucesso na expansão da imunização contra o vírus do HPV, com a forte mobilização dos estados, municípios, escolas públicas e privadas, e dos meios de comunicação, juntamente com a ampliação da estratégia do Papanicolau nas Unidades Básicas de Saúde, conseguiremos reduzir significativamente esse tipo de câncer nos próximos anos no país”, afirmou o ministro.

A vacinação nas escolas foi o diferencial para o alcance da meta nacional. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda aos municípios repetir a estratégia para a aplicação da segunda dose. Para quem preferir ir ao serviço de saúde, a vacina está disponível, durante todo o ano, nas mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo Brasil.

TRÊS DOSES

A vacina também está disponível para aquelas que ainda não tomaram a primeira dose. Para receber a segunda dose da vacina HPV, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação na unidade de saúde.

Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo que a segunda, seis meses depois da primeira, e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose. Neste ano, serão vacinadas as adolescentes do primeiro grupo (11 a 13 anos). Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, às meninas de 9 anos.

Para o primeiro ano de vacinação, o Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses. O SUS oferece a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais.

Além de adquirir as doses para a vacinação, o Ministério da Saúde firmou uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Butantan e o laboratório Merck para a produção da nacional da vacina.

Serão investidos R$ 1,1 bilhão na compra de 36 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período
necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. A PDP possibilitou uma economia estimada de US$ 19,7 milhões na compra da vacina em 2014. O Ministério da Saúde pagará R$ 31,02 por dose, o menor preço já praticado no mercado.

SEGURANÇA

A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, ela é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização.

Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, ela não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.

O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

SOBRE O HPV

É um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18.

Em relação ao câncer de colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos.

A segunda dose será oferecida à partir do dia 10 de set (6meses após a 1ª dose);

  • O público alvo é de meninas de 11 a 13 anos;

  • A vacina estará disponível em todas as Unidades de saúde;

  • As unidades irão vacinar nas escolas de acordo com o cronograma que vacinaram as 1ªs doses;

  • É imprescindível a apresentação da carteira de vacina para receber as dose;

  • O objetivo da vacinação é de prevenir contra o HPV, principal causador do câncer de colo de útero.

  • O esquema completo é de 03 doses, sendo a última daqui a 05 anos.

  • É imprescindível que as meninas terminem o esquema para conferir a proteção completa;

Três Lagoas deve vacinar 80% da meta de 2.595 meninas entre 11 e 13 anos, sendo o objetivo 2.076 garotas. De março até agora 2.280 pessoas foram imunizadas, atingindo 87% do total. A vacinação nas escolas começará à partir do dia 10 de setembro.

(*) Com informações de Assecom Prefeitura de Três Lagoas

Após esta segunda dose, a terceira será aplicada como reforço, passados cinco anos após a primeira dose, recomenda o Ministério da Saúde (Foto: Divulgação/Assecom)

A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual  (Foto: Divulgação/Assecom)

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