29/04/2016 10h53 – Atualizado em 29/04/2016 10h53
Dilma determinou aos seus assessores que promova uma limpeza completa nas gavetas para não deixar nenhuma documentação para o vice-presidente Michel Temer, que deverá assumir neste período, após o anúncio e a notificação do Senado
Patrícia Miranda e Ricardo Ojeda, com informações
Diante do andamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff no Senado Federal, a situação da presidente é irreversível. O país passa pelo segundo processo de impeachment em sua história republicana. O primeiro foi do ex-presidente Fernando Collor, que após o processo tramitar na Câmara dos Deputados, ele renunciou quando os senadores se prepararam para votar o impeachment do ex-presidente, que ficou 8 anos inelegível. Hoje o ex-presidente é senador por Alagoas.
Caso seja confirmado o afastamento de Dilma, que tramita neste momento no Senado Federal, ela terá que afastar-se do cargo no período de até 180 dias, prazo que ele terá para fazer a sua defesa. Dilma ficará o Palácio Alvorada residência oficial da Presidência da República.
Entretanto, Dilma faz uma corrida contra o relógio, antes que o “veredicto” seja anunciado pelo Senado, (data prevista até dia 11 de maio) a presidente está apressando a sua equipe para que todo o trabalho fique pronto ou perto de ser finalizado.
De acordo com a Folha de São Paulo a ordem neste momento dada aos assessores “é limpar as gavetas” e não deixar nenhuma documentação para o vice-presidente Michel Temer, que deverá assumir neste período, após o anúncio e a notificação do Senado. A atitude é para que ele, não tenha acesso a documentos do governo petista.
Assessores diretos à Dilma disseram que a ação é para evitar que medidas elaboradas durante o governo, dentre elas licitações tenham seus conteúdos modificados e evitar duras críticas da equipe de Temer de que assumiu um governo “desorganizado”.
AGENDA
Em ritmo de saída, Dilma ainda instalará o CNPI (Conselho Nacional de Política Indigenista), comunicou também que prorrogará a permanência dos médicos estrangeiros no programa “Mais Médicos”, marcará presença na conferência Conjunta dos Direitos Humanos e entregará novas unidades habitacionais do “Minha Casa, Minha Vida”, no Pará.
A tentativa, segundo seus auxiliares é que ela deve buscar apoio social na participação em eventos públicos como estes para que sua visibilidade política seja evidente, durante o processo de impeachment. A presidente estuda ainda sua participação em eventos paulistas nas centrais sindicais em 1º de maio, em comemoração ao Dia do Trabalho.
(*) Folha de São Paulo