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sábado, 20 de abril de 2024

Suzano e Fibria se unem e dão origem a gigante de celulose

16/03/2018 06h57

As companhias voltaram a conversar sobre a combinação de suas operações no segundo semestre de 2017 e as negociações ganharam ritmo nas últimas semanas

Redação

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a consolidação entre Fibria e Suzano Papel e Celulose, as duas maiores produtoras mundiais de celulose de eucalipto. As companhias voltaram a conversar sobre a combinação de suas operações no segundo semestre de 2017 e as negociações ganharam ritmo nas últimas semanas. A Paper Excellence, dos mesmos donos da Asia Pulp and Paper (APP), também estava na disputa e chegou a apresentar uma nova proposta pela Fibria na quarta-feira.

Por meio da BNDESPar, o banco de fomento detém pouco mais de 29% de participação na Fibria e quase 7% na Suzano. “As negociações foram conduzidas em comum acordo com a Votorantim S.A., com quem a BNDESPar compartilha o controle da Fibria”, diz o banco de fomento, em comunicado emitido pouco depois das 23h de quinta-feira.

O banco informa que receberá “parte significativa” do pagamento por sua participação em dinheiro, ou cerca de R$ 8,5 bilhões, além de ações da companhia resultante, com a “perspectiva de valorização a partir dos ganhos sinérgicos e de produtividade advindos da transação”. As sinergias de uma combinação entre Suzano e Fibria estão estimadas em mais de R$ 10 bilhões.

Acionistas minoritários receberão dinheiro e ações nas mesmas condições dos controladores, que não foram detalhadas na nota do banco à imprensa. Suzano e Fibria não haviam comunicado a decisão até pouco antes da meia-noite à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O braço de participações do BNDES terá “participação relevante” na empresa resultante, mas será acionista minoritária.

“A operação garantiu o fortalecimento do mercado de capitais, conforme a missão do BNDES, e manteve uma empresa aberta no mercado brasileiro”, informa o banco. Além disso, foram negociadas melhorias de governança, incluindo uma política de indicação de conselheiros independentes.

A transação é garantida por um consórcio de bancos privados e o fechamento está sujeito à aprovação de agências antitruste. O BNDES informa ainda que o “fim das negociações encerra um ciclo exitoso” de participação na Fibria.

(*) Valor Econômico

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