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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Técnico explica procedimento para retirada dos jacarés da Lagoa Maior

29/06/2017 15h18

Segundo equipe responsável pela tarefa, nenhum réptil sofreu maus tratos durante captura

Guta Rufino

A equipe de reportagem do Perfil News conversou nesta quinta-feira (29), com o técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Manoel Pimenta de Queiroz, que explicou sobre o procedimento adotado para a captura dos jacarés adultos da Lagoa Maior, que foram transferidos para a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cisalpina, em Brasilândia.

PASSO A PASSO

Segundo Manoel, nenhum animal sofreu maus tratos durante o procedimento. “Muitos que acompanharam ou viram as fotos dos jacarés sendo capturados se preocuparam do procedimento machuca-los, mas não, correu tudo bem, a técnica é bem precisa”, e concluiu: “Primeiro eles usam um laço de aço para fazer a abordagem do animal, em seguida a equipe de apoio já usa o cambão para inserir uma faixa larga de borracha e conter o animal, enquanto isso o laço de aço é afrouxado. Nenhum dos dois jacarés capturados ficou machucado”, explicou.

INFORMAÇÕES

Um dos répteis possuía 2,10 m e o outro 2,44. Segundo os profissionais da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), os animais capturados são adultos e tem entre 35 e 40 anos. Eles estão na Lagoa Maior em 2008.

A pesquisadora, doutora Zilca Maia, que está coordenando a equipe que está trabalhando na captura e transferência do jacaré é reconhecida como uma das maiores especialistas em répteis do mundo, segundo a equipe técnica da Secretaria do Meio Ambiente.

E DEPOIS?

Pimenta ainda ressaltou que os jacarés serão examinados e receberão acompanhamento de especialistas. “Eles vão receber chips e serão monitorados ao longo de seu desenvolvimento, para terem o comportamento avaliado. Além disso, se eles antes da captura apresentavam alguma anomalia ou ferimento, receberão tratamento necessário”, detalhou.

A transferência do animal para a reserva também é segura. Questionado sobre o animal ficar fora da água durante a viagem, Pimenta explica. “Ele resiste há mais tempo sem contato com a água do que o estimado no trajeto de Três Lagoas a Brasilândia, então vai correr tudo bem”.

Sobre a adaptação do animal ao novo habitat, Pimenta conluiu: “Por mais que ele etivesse vivendo em um cenário urbano, ele sempre buscava se esconder, recorria ao lugar mais natural que existia, que era dentro da lagoa. Lá ele vai encontrar esse conforto, esse universo selvagem, que é o que a natureza dele busca”.

A CAÇADA CONTINUA

Segundo o técnico, pelo menos mais dois jacarés devem ser capturado ainda nesta quinta. Estima-se que antes da retirada dos animais, existiam pelo local 15 jacarés. O controle da espécie é uma iniciativa da secretaria do meio ambiente para controle do número de répteis pelo local, devido apresentarem risco por serem predadores e pelos visitantes da Lagoa maior se arriscarem a tocar nos jacarés ou tirar ‘selfie’. O Secretário Celso Yamagutti defende que prefere ser criticado pela atitude do que por uma possível negligência, caso acontecesse uma tragédia devido a presença de grande número de jacarés na Lagoa Maior.

Entretanto o secretário afirma que inicialmente o objetivo é fazer o controle dos animais e não retirar todos.

Jacarés capturados na Lagoa maior serão trasferidos para reserva natural em Brasilândia

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