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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Tocantins aceita proposta e encerra paralisação

30/09/2013 15h54 – Atualizado em 30/09/2013 15h54

Em Mato Grosso do Sul, 92,09% dos empregados dos Correios continuam trabalhando.

Da Redação

Nesta segunda-feira (30), os trabalhadores dos Correios no Tocantins aprovaram a proposta da empresa, possibilitando assim a sua adesão ao Acordo Coletivo de Trabalho — São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru/SP, Rio Grande do Norte, Rondônia e Amapá também já assinaram o acordo. Todos os empregados dessas bases sindicais receberão até 3/10 as diferenças provenientes do acordo assinado, relativas aos meses de agosto e setembro.

Ontem (30), 93,2% dos empregados (116.003) estavam trabalhando normalmente. Entre os empregados da área operacional (carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo), o índice de trabalhadores presentes é de 91,94%. O número é apurado por meio de sistema eletrônico de presença. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru/SP, Rio Grande do Norte, Rondônia, Amapá e Tocantins não há paralisação.

Os Correios tem aplicado um Plano de Continuidade de Negócios para garantir a entrega de cartas e encomendas e o atendimento em toda a rede de agências. Entre as ações estão a realização de horas extras, mutirões para entrega nos fins de semana e deslocamento de empregados entre as unidades.

Neste final de semana, o mutirão realizado nas localidades com paralisação parcial entregou 7,4 milhões de cartas e encomendas. Em Mato Grosso do Sul o mutirão mobilizou 178 pessoas, 73 veículos e foram distribuídos 220.900 objetos postais em todo o estado.

A rede de atendimento está aberta em todo Brasil e todos os serviços, inclusive o SEDEX e o Banco Postal, estão disponíveis – com exceção da postagem, entrega e coleta de encomendas com hora marcada nos locais com paralisação deflagrada. A maior parte dos serviços de hora marcada foi restabelecida em Mato Grosso do Sul e no Espírito Santo (para postagem e entrega dentro do próprio Estado).

CONTRAPROPOSTA

Os Correios receberam e estão analisando a contraproposta enviada por parte dos representantes da Fentect. O impacto dessa contraproposta é de R$ 1,6 bilhões — o dobro do impacto da proposta atual dos Correios. Ao mesmo tempo, outra parte da Fentect mantém as reivindicações anteriores, cujo impacto é de R$ 31,4 bilhões (quase o dobro da previsão de receita dos Correios para 2013 e o equivalente a 50 folhas mensais de pagamento da ECT).

A empresa também aguarda a data do julgamento do dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST), conclamando as representações sindicais para que tenham bom senso, de forma que os Correios possam normalizar suas atividades em todo território nacional e continuar honrando a confiança depositada pela sociedade brasileira.

DADOS ADICIONAIS

  • a empresa empreendeu todos os esforços junto à Fentect para fechar o acordo, mas neste momento não ocorrem reuniões de negociação. A federação recusou-se a dialogar durante a audiência de conciliação no TST e preferiu deflagrar paralisação parcial, levando ao dissídio. Os Correios aguardam a definição da data do julgamento — o que não impede, porém, que outros sindicatos aceitem a proposta oferecida pela empresa e assinem o acordo.
  • proposta dos Correios: reajuste de 8% nos salários (reposição da inflação do período, de 6,27%, com ganho real de mais de 1,7%) e de 6,27% nos benefícios; vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro e Vale-Cultura dentro das regras de adesão ao Programa implementado pelo Governo Federal. O ganho real dos trabalhadores dos Correios de 2003 a 2012 foi de 36,91% – acima da inflação. A remuneração média do carteiro é de R$ 2.2 mil, considerando salário e adicionais como anuênio, quinquênio e adicional de distribuição e coleta, entre outros.

  • todos os trabalhadores têm benefícios como assistência médica, hospitalar e odontológica, inclusive para dependentes.

  • 65% da receita de vendas da ECT vai para pagamento dos salários, benefícios e encargos.

  • plano de saúde: os Correios já asseguraram que todos os atuais direitos dos trabalhadores estão garantidos – manutenção dos atuais beneficiários (inclusive pais do empregado que já estão cadastrados), cobertura de procedimentos, rede credenciada e percentual de compartilhamento. Não haverá nenhum custo adicional, repasse ou mensalidade aos empregados.

  • entrega matutina: a ECT já assumiu o compromisso de ampliar a entrega matutina, hoje realizada em três Estados. Mato Grosso do Sul é um desses estados-piloto.

  • contratações: mais de 20 mil novos trabalhadores foram contratados do concurso público de 2011. Em Mato Grosso do Sul foram contratados 251 empregados do concurso vigente. A ECT continua contratando normalmente, pois ainda há cadastro de aprovados na maior parte do Brasil, com validade até 2014, e já trabalha na realização do próximo concurso.

(*) Com informações de Correios MS

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