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Três Lagoas
quinta-feira, 25 de abril de 2024

Três Lagoas figura entre cidades que tiveram retração de empregos em MS durante a pandemia

Radar Industrial da Fiems aponta que estado, de modo geral, teve alta na geração de empregos de janeiro a junho; puxada por demissões nas indústrias calçadista e metalúrgica, Três Lagoas mais demitiu do que contratou no período

Em um dia em que a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul celebra crescimento de 26% em relação a geração de empregos no estado no primeiro semestre Três Lagoas não tem muito o que comemorar.

Enquanto o estado fechou o semestre com saldo positivo de mais de 2.400 vagas, mesmo durante a pandemia (em 2019 esse número foi de 1.970), Três Lagoas está entre as cidades com índices negativos de geração de emprego – ou seja, no período a cidade viu mais demissões (2.741) do que admissões (2.618), gerando um saldo negativo de 123 vagas.

Apesar dos bons números da indústria de celulose, que foi uma das que mais contrataram no período (710 postos foram abertos nesse setor de janeiro a junho) os números ruins foram puxados pelas indústrias calçadista, têxtil e de fabricação de refrigeradores, que demitiram, juntas, mais de 500 pessoas na cidade.

Dentre as cidades com os piores índices do estado estão Campo Grande (-294), Bataguassu (-272), Paranaíba (-190), Rio Verde de Mato Grosso (-133), Três Lagoas (-123) e
Deodápolis (-100).

Três Lagoas figura entre cidades que tiveram retração de empregos em MS durante a pandemia

Os bons números do estado

De janeiro a junho de 2020, as indústrias sul-mato-grossenses fecharam com saldo positivo de 2.484 vagas, enquanto no mesmo período de 2019 o saldo positivo foi de 1.970 vagas. Apenas em junho, o setor foi responsável pela abertura de 754 postos formais de trabalho em Mato Grosso do Sul, resultado de 4.763 contratações e 4.009 demissões.

Segundo análise do coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, as indústrias foram o setor econômico com o melhor desempenho para o mês em Mato Grosso do Sul. “Com o bom desempenho, as indústrias estaduais garantiram, desse modo, a condição de maiores geradores de postos formais de trabalho em Mato Grosso do Sul até o momento”, informou.

O conjunto das atividades industriais em Mato Grosso do Sul encerrou o 1º semestre de 2020 com um total de 127.499 trabalhadores empregados. “Esse montante indica, até aqui, um aumento de 2% em relação ao fechamento do ano anterior, quando ficou em 125.015 funcionários. Dessa forma, o setor responde por 19,4% de todo o emprego formal existente no Estado, ficando atrás dos setores de serviços, que emprega 192.460 trabalhadores e tem participação de 29,3%, e administração pública, com 142.285 empregados e participação de 21,7%”, detalhou.

Ainda conforme o economista, no período de janeiro a junho as atividades industriais que mais abriram vagas foram abate de aves (+759), abate de suínos (+730), fabricação de celulose e de papel (+710), fabricação de açúcar (+598) e construção (+586).

Em relação aos municípios, constatou-se que em 48 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação no período de janeiro a junho de 2020, proporcionando a abertura de 4.115 vagas. Entre as cidades com saldo positivo de pelo menos 100 vagas, destacaram-se Dourados (+722), Naviraí (+455), Rio Brilhante (+365), Sidrolândia (+267), São Gabriel do Oeste (+238), Caarapó (+236), Fátima do Sul (+202), Brasilândia (+184), Itaquiraí (+176), Água Clara (+162), Angélica (+125) e Nova Andradina (+100).

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