17/02/2012 14h06 – Atualizado em 17/02/2012 14h06
Presidente da Câmara, Nuna Viana, conhece matriz da empresa e destaca sustentabilidade do projeto
Elisângela Ramos
Com previsão de iniciar operações no aniversário da cidade, em junho, a Empresa de Tratamento de Resíduos Industriais (Etrip), está em início de obras na região da Fazenda Iracema, na BR-262, centro que pretende ser um dos maiores do Brasil na coleta, transporte, tratamento, processamento, reciclagem e disposição de resíduos de grandes geradores.
VISITA
A empresa tem sede em Londrina (PR), chamada Kurica Ambiental, e foi visitada pelo presidente da Câmara Municipal, professor Nuna Viana, na quinta-feira (16). O vereador conheceu todas as etapas de seleção e tratamento de lixo hospitalar, podas urbanas, lixo doméstico e industrial e entulhos de construção, um processo moderno, sustentável e que promove reaproveitamento de quase todos os resíduos gerados por empresas ou moradias.
EMPREGOS
A Etrip investirá R$ 30 milhões no município, com a proposta de criar 200 empregos diretos e estará instalada em uma área de 173,25 hectares, dentro de uma área total de 480 hectares. Segundo o empresário Marcello Oliveira, o licenciamento ambiental já foi concluído e concedida a licença de implantação (LI), visando funcionamento semelhante ao da cidade paranaense. Apenas o tratamento de lixo hospital ainda está em processo de licenciamento. “Decidimos pedir este licenciamento depois”, explicou.
OBJETIVO
A Etrip atenderá à demanda de grandes geradores de resíduos, como indústrias, supermercados e empresas. Além de recolher os materiais, a empresa fará seleção em dois centros de triagem e processamento, possibilitando o retorno dos materiais a processos produtivos como matéria-prima.
Na Kurica, por exemplo, os materiais orgânicos domésticos são transformados em adubo; as podas e madeiras de outros geradores são moídas e transformadas em cavaco (para floreiras) e briquetes (produção de energia em fornos e caldeiras); os entulhos são moídos e geram areia e pedra para retornar à construção civil em revestimento de pátios, estacionamentos e calçadas, à metade do preço; os recicláveis, como metais, plásticos e vidros são selecionados e vendidos para reciclagem. “Temos o projeto de instalar uma unidade de fabricação de sacolas com os recicláveis”, afirmou Oliveira.
LIXO INDUSTRIAL
O lixo industrial recolhido pela empresa também passa por todos os processamentos, a fim de reutilizar o que tem uso e destinar a um aterro próprio e com regras específicas o que não tem mais uso. Já o lixo hospitalar passa pelo processo de autoclave, visando a descontaminação antes de também ser destinado a aterro próprio da empresa ou incineração. Com faz a coleta seletiva domiciliar em municípios da região de Londrina, a empresa ainda conta com um centro de educação ambiental.
MAIOR ATERRO DO BRASIL
Na planta de Três Lagoas, segundo o investidor, também serão implantadas células de destinação de vários resíduos, inclusive o industrial. “Será o maior aterro industrial do Brasil e escolhemos o município porque tem ótima localização para atendermos toda a região”, destacou. Segundo o empresário, o país conta com apenas 17 aterros industriais o que provoca alto preço na destinação adequada, devido ao transporte, ou destinação inadequada, com danos ambientais às localidades. Outra iniciativa será a produção de energia a partir do reaproveitamento dos gases gerados por alguns resíduos, para suprir parte da demanda energética da própria empresa.
OUTRA EMPRESA
Além da Kurica, o investimento em Três Lagoas conta com a empresa Cetric, que ficará responsável ainda pelo projeto executivo e obra de instalação do empreendimento, assim como pela capacitação de profissionais técnicos-operacionais.
PRESIDENTE
O presidente da Câmara, Nuna Viana, considerou o projeto inovador e completo. “Com um centro de tratamento deste porte, podemos garantir maior vida útil para o aterro sanitário do município, além de dar um destino correto e sustentável para entulho, podas e lixo das indústrias. É um grande passo para atrairmos outras indústrias focadas na sustentabilidade também”, opinou. Nuna lembrou que a legislação ambiental federal já prevê destinação adequada dos resíduos e sob responsabilidade dos grandes geradores
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