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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Vacinação para toda população depende do estoque de doses em cada município, diz Saúde de MS

06/06/2017 14h41

Orientação é que municípios continuem priorizando grupos de risco, diz Secretaria Estadual de Saúde, mesmo após Ministério da Saúde abrir vacinação para população em geral

Redação

Depois de anunciar que a vacina contra gripe está liberada para toda população de Mato Grosso do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, nesta terça-feira (6), que a imunização para todas as faixas etárias depende do estoque de doses e da gestão de cada município.

Mato Grosso do Sul vacinou, até o momento, 70,65% do grupo prioritário e foi um dos 14 estados brasileiros que não atingiram a meta de 90%, por isso, o Ministério da Saúde decidiu liberar as doses restantes para toda a população, enquanto durarem os estoques.
A medida só é válida neste ano e foi adotada porque ainda há um estoque disponível de 10 milhões em todo o país, conforme o Ministério da Saúde.

A assessoria de imprensa da SES disse ao G1 que os municípios que atingiram a meta para o público de risco podem abrir para a população em geral, mas, aqueles que ainda não chegaram a 90% de imunização devem continuar priorizando o público-alvo.

Até esta terça-feira (6), a meta tinha sido atingida apenas em Angélica (100%), Bataguassu (94%), Ivinhema (95%), Jardim (94%), Jateí (99%), Novo Horizonte do Sul (92%), Paraíso das Águas (406%), Selvíria (93%) e Sonora (98%), segundo dados do Ministério da Saúde.
Cada município fará a gestão das doses que sobraram, conforme a SES. Os municípios que superaram a meta e ficaram sem estoque não receberão mais doses, por isso, a vacinação não será prorrogada.
Só prioritários

O Conselho de Secretários de Saúde Municipais de Mato Grosso do Sul (Cosems) entende que o Ministério da Saúde se precipitou ao liberar as doses para toda a população.
“Enquanto Conselho, nós achamos que foi um pouco de precipitação liberar antes de terminar a campanha de vacinação, no dia 9. Isso trouxe um certo desconforto para os municípios, porque temos uma meta alta para cumprir e ficou uma atitude dicotômica o Ministério liberar no período da campanha”, afirmou o presidente do Cosems, Sérgio Perius.

A orientação do Conselho é que os municípios cumpram primeiro a meta do público específico para depois, a partir do dia 9 de junho, liberar para a população toda as doses que sobraram, como é o caso de Fátima do Sul, a 232 km de Campo Grande.

Segundo a secretária municipal de Saúde de Fátima do Sul, Priscila Cristina Gazola, o município continua vacinando somente grupos prioritários. “A gente não tem doses disponíveis para toda a população”.
Ela explica que o município não atingiu meta e como não são muitas doses, a campanha para os prioritários segue até dia 9. Na segunda-feira (12), libera para a população o que sobrar e se sobrar.
Na cidade teve grande procura na segunda-feira pela manhã e as equipes foram orientadas a informar os moradores.

Em Campo Grande, as doses foram liberadas para toda a população na segunda-feira (5) e estão disponíveis nas 65 unidades básicas de saúde (UBSs) e unidades básicas de saúde da família (UBSF) de 07h as 11h e de 13h as 17h, segundo a prefeitura municipal. Os grupos prioritários continuam sendo vacinados também.

Segundo a prefeitura, de acordo com o último Boletim de Imunização, divulgado na última sexta-feira (2), cerca de 137 mil pessoas haviam sido vacinadas, o que representa cerca de 70% de cobertura do público-alvo que é 197 mil pessoas.

Para receber a dose na capital, a pessoa deve apresentar o Cartão Nacional de Saúde (CNS) e/ou número prontuário da rede de saúde de Campo Grande (Hygia); documento pessoal e identificação; e, a caderneta de vacinação (caso tenha).

Serviço

Pessoas com 60 anos ou mais, crianças na faixa etária de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, povos indígenas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 e 21 anos que cumprem medidas socioeducativas, detentos, funcionários dos sistema prisional e professores do ensino básico, médio e superior, público ou privado ainda podem se vacinar contra a gripe.

(*) G1.COM

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