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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Veja como colaborar no combate à dengue. Participe, faça sua parte!

09/03/2012 12h10 – Atualizado em 09/03/2012 12h10

Ajude a combater a dengue. Chegada de novo vírus deixa população exposta

Com a incidência do vírus do tipo 3, MS registrou mais de 60 mil casos de dengue em 2007. Agora a ameaça é o vírus tipo 4, que acaba de chegar ao Estado e pode provocar epidemia.

Edmir Conceição

A população pode ajudar no combate à dengue, fazendo a sua parte. Mas agora o esforço deve ser redobrado, em razão da chegada de novo vírus, do tipo 4. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, há o risco de epidemia. O infectologista Rivaldo Venâncio da Cunha fez esse alerta. Segundo ele, a população não tem imunidade para o tipo 4, já que o novo vírus ainda não circulou no Estado. Veja no quadro como participar dessa cruzada contra a dengue no Estado.

A ação mais simples para prevenção da dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução. A regra básica é não deixar a água, principalmente limpa, parada em qualquer tipo de recipiente.

Como a proliferação do mosquito da dengue é rápida, além das iniciativas governamentais, é importantíssimo que a população também colabore para interromper o ciclo de transmissão e contaminação. Para se ter uma ideia, em 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.
prevenção da dengue

Então, a dica é manter recipientes, como caixas d’água, barris, tambores tanques e cisternas, devidamente fechados. E não deixar água parada em locais como: vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores, além de outros locais em que a água da chuva é coletada ou armazenada.

É bom lembrar que o ovo do mosquito da dengue pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado o ovo estiver seco. Caso a área receba água novamente, o ovo ficará ativo e pode atingir a fase adulta em um espaço de tempo entre 2 e 3 dias. Por isso é importante eliminar água e lavar os recipientes com água e sabão.

PRIMEIROS CASOS

Dois casos de dengue tipo 4 notificados em Campo Grande levaram a Secretaria de Saúde do Estado a intensificar, junto com os municípios, as ações de combate aos focos do mosquito transmissor da doença. Na Capital, desde o começo do ano foram notificados 577 casos de dengue e oito foram confirmados. No ano passado, três pessoas morreram em Campo Grande por causa da dengue. Em 2010 foram 22 mortes.

Em nível estadual, no ano de 2011, foram notificados 5.857 casos de dengue, sendo confirmados 498. No ano anterior, 2010, Mato Grosso do Sul notificou 41.402 casos, com a confirmação de 28.023.

Em Três Lagoas as ações, que incluem também o combate à leishmaniose, começaram na quarta-feira. O município já registrou até agora 1.038 casos suspeitos, dos quais 300 foram confirmados e 111 descartados.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, dois casos de dengue tipo 4 foram isolados na Capital, um no Bairro Parati e outro na Vila Eliane. Com isso, Mato Grosso do Sul registra os primeiros casos do sorotipo 4, porém segundo o governo, os dois pacientes não apresentaram nenhum quadro clínico grave, já que receberam os cuidados iniciais nas unidades de saúde, não sendo necessária a internação. Os dois pacientes já estão em casa.

Como uma das medidas de prevenção, as autoridades sanitárias do Estado acionaram viaturas e equipamentos adicionais para expandir o isolamento do mosquito fêmea nas duas regiões onde foram detectados os casos. De acordo com o secretário adjunto de Saúde, Eugênio Martins de Barros, as medidas de prevenção à dengue no Estado foram montadas desde o mês de outubro do ano passado, baseadas na possível chegada do tipo 4, mas ressalta que as ações só terão total sucesso se a população também se prevenir.

“A Secretaria de Saúde se antecipou desde outubro do ano passado nas ações para combater o mosquito da dengue, baseado no alto quadro de detecção da dengue tipo 4 em outros estados, como Rio de Janeiro, Mato Grosso, Goiás e Pará. Era uma questão de tempo para que o vírus fosse detectado em nosso Estado, já que não há, até o momento, imunidade a este sorotipo”, disse o secretário-adjunto de Saúde do Estado.

Segundo Eugênio Barros, as condições climáticas atípicas do Estado no início do ano também colaboraram para que o vírus não se proliferasse. “Vale ressaltar que as ações para combate ao mosquito e uma possível epidemia estão sendo tomadas desde o ano passado, mas para que elas funcionem totalmente precisamos que a população faça a sua parte”, alerta Barros.

A Secretaria de Saúde do Estado, articulada com as prefeituras, continuará o monitoramento nas regiões da Capital em que os casos foram detectados e nos demais municípios. Vale lembrar que a dengue tipo 4 não é uma forma mais agressiva do que os vírus do sorotipo 1, 2 ou 3, registrando assim, os mesmos sintomas. O seu agravante está em ser um novo sorotipo, ainda não constatado no país, o que aumenta a possibilidade de ocorrência de uma epidemia, caso as medidas de combate ao mosquito Aedes Aegypti não sejam tomadas corretamente. Em caso de suspeita de sintomas da dengue, o paciente deve se dirigir à unidade de saúde mais próxima para que o sejam feitos os exames iniciais, evitando que o quadro possa se agravar.

Veja como colaborar no combate à dengue. Participe, faça sua parte!

Eugênio de Barros, secretário-adjunto de Saúde do Estado, anuncia chegada do vírus da dengue tipo 4.

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