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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Ação do Gaeco foi motivada a partir de denúncias à Promotoria de Justiça de Três Lagoas

13/11/2014 09h47 – Atualizado em 13/11/2014 09h47

Auditores do Tribunal de Contas do Estado também estão na Prefeitura de Três Lagoas para procederem fiscalização nas contas da administração municipal

Léo Lima e Ricardo Ojeda

A movimentação no prédio da Prefeitura de Três Lagoas, na manhã desta quinta-feira (13), é grande. No local, agentes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) mandaram fechar o acesso ao segundo e quinto andares do prédio, onde funcionam o Setor de Licitações e da Secretaria de Finanças.

Um batalhão de jornalistas, logo que receberam a informação da presença do Gaeco na Prefeitura, correu ao local, ávido por notícias a respeito do caso que, a princípio, indica que houve fraudes em licitações destinadas à contratação de empresa para a realização de eventos de show pirotécnico, realizado no fim do ano.

Segundo nota do Ministério Público Estadual (MPE) a ação também foi deflagrada em Campo Grande, e recebeu batismo de “Operação Morteiro”, voltada ao cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão e o mesmo número de mandados de condução coercitiva. Mas, até o momento, pelo menos em Três Lagoas, ninguém foi detido.

DENÚNCIAS AO MP

A operação, que ocupa 18 policiais e três promotores de Justiça, é fruto de investigação iniciada há dez meses, a partir de denúncias feitas à Promotoria do Patrimônio Público de Três Lagoas, coordenada pelo promotor Fernando Marcelo Peixoto Lanza, de que empresários teriam fraudado licitações destinadas à contratação de empresas para a realização de eventos no Município.

“A situação é toda daqui [Três Lagoas]”, resumiu Lanza, ao falar, com exclusividade, agora há pouco, com a reportagem do Perfil News. Conforme o promotor, as pessoas convocadas a depoimento serão ouvidas pela equipe do Gaeco, na sede do Ministério Público em horário ainda a ser definido pelo Grupo.

Ele reservou informações sobre a identidade dos que serão conduzidos de forma coercitiva a prestarem os depoimentos.

De acordo com o MPE, durante a apuração surgiram indícios de que empresários teriam combinando valores de propostas e orçamentos, para que licitações fossem vencidas por empresas previamente escolhidas pelo grupo. Existem também evidencias de participação de servidores públicos municipais nas irregularidades.

Dentre as licitações com indícios de irregularidade está que envolveu a contratação de show pirotécnico na última festa de Réveillon em Três Lagoas.

TCE

A presença de equipe do Tribunal de Contas do Estado na Prefeitura de Três Lagoas, ao mesmo tempo em que o Gaeco realizada investigação na administração municipal, pode não ter ligação, segundo informações da assessoria de comunicação do TCE.

“Geralmente, não é costumeiro ocorrer fiscalizações conjuntas Gaeco-TCE; pode até ser que esteja acontecendo agora, mas não temos confirmação. Por enquanto, não podemos afirmar se a equipe daqui [Tribunal] participa conjuntamente com o Gaeco”, colocou fonte da assessoria do TCE.

De acordo com a fonte, a inspeção dos auditores do TCE na administração pública três-lagoense é a princípio de rotina.

BUSCAS

As buscas estão sendo cumpridas na sede da Prefeitura Municipal de Três Lagoas, bem como na sede de três empresas do ramo de eventos, uma delas também em Três Lagoas e as outras duas em Campo Grande.

Três empresários, além de um ex-servidor público municipal de Três Lagoas, foram conduzidos pelos Policiais para prestar depoimento, em atendimento à determinação judicial.

COLETIVA

Segundo o assessor de imprensa da Prefeitura de Três Lagoas Sebastião Neto, uma coletiva deverá ser realizada, a partir das 15 horas, no gabinete do promotor Fernando Lanza, no prédio da Promotoria de Justiça.
(*) Com MPE MS

Agentes da Gaeco após buscas na seda da prefeitura de Três Lagoas apreenderam documentos que serão analisados pela investigação (Foto: Celso Daniel/Perfil News)

Seguranças e servidores ficaram na escada de acesso aos demais andares da prefeitura impedindo a entrada de pessoas (Foto: Ricardo Ojeda)

Ação do Gaeco foi motivada a partir de denúncias à Promotoria de Justiça de Três Lagoas

Auditores do Tribunal de Contas do Estado estiveram no prédio da prefeitura para fiscalização nas contas da administração municipal (Foto: Ricardo Ojeda)

Vários malotes contendo documentos apreendidos na seda da prefeitura foram levados pelos agentes da Gaeco (Foto: Celso Daniel/Perfil News)

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