06/12/2017 10h35
Em encontro com investidores, a Fibria estimou investimentos de R$ 3,43 bilhões em 2018, acima dos R$ 2,18 bilhões desembolsados em 2017
Redação
A Fibria Celulose , maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, informou nesta terça-feira que projeta uma alta de quase 60% em investimentos no próximo ano, à medida que busca aumentar sua capacidade e executivos disseram avaliar fusões mais para frente.
Em encontro com investidores em Nova York, a Fibria estimou investimentos de R$ 3,43 bilhões em 2018, acima dos R$ 2,18 bilhões desembolsados em 2017.
Aproximadamente R$ 444 milhões deste aumento virão de investimentos em sua recentemente concluída unidade Horizonte 2, que iniciou a produção de celulose em agosto.
A Fibria ainda informou que segue confiante em relação à demanda da China, o que contribuiu com uma série de reajustes nos preços da celulose este ano, ajudando a impulsionar as ações da companhia para máximas recordes nos últimos meses.
“Não há dúvida de que o crescimento chinês está longe de perder força”, informou a companhia em sua apresentação. “Na verdade, está chegando ao próximo nível, com metas muito agressivas.”
Para explorar a demanda, a Fibria avalia potencial expansão, tanto na forma de outra fábrica em seu complexo no Estado de Mato Grosso do Sul quanto via possíveis fusões e aquisições, afirmou a repórteres o presidente-executivo da empresa, Marcelo Castelli.
A palavra de ordem em ambos os casos é “disciplina”, disse ele, apontando para a perspectiva relativamente equilibrada entre oferta e demanda nos próximos anos.
Castelli lembrou que a Fibria considerou comprar a rival Eldorado, mas depois decidiu que o ativo estava muito caro. A companhia foi vendida para o grupo holandês Paper Excellence NV, controlado pelos donos da indonésia Asia Pulp & Paper Co por R$ 15 bilhões.
Alguns analistas especularam que o acordo poderia precipitar uma nova onda de acordos na indústria.
Se houver consolidação, é provável que ocorra com um “m” maiúsculo e um “a” minúsculo, de acordo com Castelli. “Ninguém tem capacidade financeira suficiente para adquirir o outro… O nome do jogo é fusões”, acrescentou o executivo.
As ações da Fibria subiam 2,66% às 16:17 na B3, cotadas a R$ 45,07. Até agora em 2017, os papéis subiram 44%.
Os dois principais grupos de acionistas da companhia são o conglomerado industrial Votorantim e o banco estatal BNDES.
(*) Época