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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Fibria vê alta em investimentos e possibilidade de fusões na indústria

06/12/2017 10h35

Em encontro com investidores, a Fibria estimou investimentos de R$ 3,43 bilhões em 2018, acima dos R$ 2,18 bilhões desembolsados em 2017

Redação

A Fibria Celulose , maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, informou nesta terça-feira que projeta uma alta de quase 60% em investimentos no próximo ano, à medida que busca aumentar sua capacidade e executivos disseram avaliar fusões mais para frente.

Em encontro com investidores em Nova York, a Fibria estimou investimentos de R$ 3,43 bilhões em 2018, acima dos R$ 2,18 bilhões desembolsados em 2017.

Aproximadamente R$ 444 milhões deste aumento virão de investimentos em sua recentemente concluída unidade Horizonte 2, que iniciou a produção de celulose em agosto.

A Fibria ainda informou que segue confiante em relação à demanda da China, o que contribuiu com uma série de reajustes nos preços da celulose este ano, ajudando a impulsionar as ações da companhia para máximas recordes nos últimos meses.

“Não há dúvida de que o crescimento chinês está longe de perder força”, informou a companhia em sua apresentação. “Na verdade, está chegando ao próximo nível, com metas muito agressivas.”

Para explorar a demanda, a Fibria avalia potencial expansão, tanto na forma de outra fábrica em seu complexo no Estado de Mato Grosso do Sul quanto via possíveis fusões e aquisições, afirmou a repórteres o presidente-executivo da empresa, Marcelo Castelli.

A palavra de ordem em ambos os casos é “disciplina”, disse ele, apontando para a perspectiva relativamente equilibrada entre oferta e demanda nos próximos anos.

Castelli lembrou que a Fibria considerou comprar a rival Eldorado, mas depois decidiu que o ativo estava muito caro. A companhia foi vendida para o grupo holandês Paper Excellence NV, controlado pelos donos da indonésia Asia Pulp & Paper Co por R$ 15 bilhões.

Alguns analistas especularam que o acordo poderia precipitar uma nova onda de acordos na indústria.

Se houver consolidação, é provável que ocorra com um “m” maiúsculo e um “a” minúsculo, de acordo com Castelli. “Ninguém tem capacidade financeira suficiente para adquirir o outro… O nome do jogo é fusões”, acrescentou o executivo.

As ações da Fibria subiam 2,66% às 16:17 na B3, cotadas a R$ 45,07. Até agora em 2017, os papéis subiram 44%.

Os dois principais grupos de acionistas da companhia são o conglomerado industrial Votorantim e o banco estatal BNDES.

(*) Época

Fibria prevê investimento de R$ 3,4 bi em 2018. (Foto: Ygor Andrade/ Arquivo/ Perfil News).

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