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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Capital tem 2 mil prédios sem sistema contra incêndio

10/02/2016 13h54 – Atualizado em 10/02/2016 13h54

Desde o ano de 2015 até o mês de janeiro deste ano, o Corpo de Bombeiros fez 6.822 vistorias para verificar os sistemas de combate a incêndio e pânico nos estabelecimentos comerciais, de grande e pequeno porte, indústrias, órgãos públicos e demais edificações em Campo Grande

da Redação

Desde o ano de 2015 até o mês de janeiro deste ano, o Corpo de Bombeiros fez 6.822 vistorias para verificar os sistemas de combate a incêndio e pânico nos estabelecimentos comerciais, de grande e pequeno porte, indústrias, órgãos públicos e demais edificações em Campo Grande. Do total de locais visitados, 2.299 estavam irregulares e não receberam o certificado de vistorias. As inconformidades podem ser desde alguma pendência simples de resolver até algo que represente perigo iminente á vida humana, de acordo com a corporação.

Segundo o coronel do CMB (Comando Metropolitano dos Bombeiros), Jairo Kamimura, os responsáveis pelo estabelecimento têm um prazo de quase dois meses para resolverem as pendências. “Ele pede uma vistoria e se o local não atender as exigências, o responsável tem um prazo de 30 dias para resolver. Após esse prazo, é marcada uma nova vistoria e se continuar irregular, é dado mais um prazo, também de 30 dias. Depois destes dois meses, cabe autuação e se houver perigo iminente, cabe a interdição do local”, explicou.

Órgãos públicos têm prazos diferenciados, mesmo assim hospitais estão irregulares

Em casos de órgãos públicos irregulares, os prazos são diferenciados por causa da necessidade de abertura de licitação para adquirir os materiais necessários para regularizar os locais. “O que eles comprovam para o Corpo de Bombeiros é a data prevista de lançamento da licitação e então é avaliado se o prazo pedido é razoável”, esclareceu Kamimura.

Nas vistorias são verificados se os extintores, a rota de fuga e a iluminação emergencial estão em ordem, de acordo com o projeto de incêndio elaborado para aquele local. “Se estiver tudo certo, os vistoriantes e o comandante assinam e o local fica registrado como certificado”, explicou o tenente-coronel Hudson Farias.

Os três maiores hospitais públicos de Campo Grande – Hospital Regional, o Hospital Universitário e a Santa Casa – também funcionam de forma irregular. Um princípio de incêndio na lavanderia do HR, na noite de terça-feira (26), expôs como são tratados com descaso os sistemas de combate às chamas nas três unidades, conforme foi publicado pelo jornal O Estado na edição do dia 28 de janeiro.

SERVIÇO – Para edificações de no máximo 750 metros quadrados de área construída com até três pavimentos e no máximo 10 metros de altura, é possível obter o certificado on-line, pelo site www.bombeiros.ms.gov.br.

Antiga rodoviária chegou a ser interditada

Um dos prédios da cidade que tinha sido interditada por irregularidades quanto ao sistema de combate a incêndio foi o do Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste, a antiga rodoviária da cidade.

O local se regularizou. Foram instalados todos os extintores com mangueiras e o custo do planejamento de um plano técnico como este foi orçado até o momento em R$ 80 mil. “A adequação foi simples, em nove dias a parte elétrica e hidráulica já estava pronta”, explicou Rosane Nely Lima, síndica do condomínio comercial.

A preocupação com a necessidade de edificações darem condições para as pessoas escaparem numa emergência e terem ao alcance das mãos equipamentos para extinguir chamas aumentou depois que no dia 27 de janeiro de 2013, um incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul, matou 242 pessoas.

(*) O Estado Online

Novos extintores de incêndio foram instalados no centro comercial (Foto: André Bittar)

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