Monari segue comandando 2º BPM e define metas para 2015

05/02/2015 10h04 – Atualizado em 05/02/2015 10h04

Policiais militares não vão mais fazer “bicos” e vídeo monitoramento em Três Lagoas tem pontos de vigia redefinidos

Léo Lima e Ricardo Ojeda

O comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, tenente coronel Wilson Sérgio Monari, que há mais de cinco anos vem atuando com firmeza no combate à criminalidade, vai continuar à frente das ações da Corporação em Três Lagoas e região. Tal fato foi registrado durante recente visita do novo comandante geral da Polícia Militar do Estado, coronel Deusdete Souza de Oliveira Filho, a Três Lagoas, onde participou de evento de formatura de novos PMs.

Decidido a fazer prevalecer os direitos dos cidadãos no que tange a segurança pública, o comandante Monari vem ao longo de sua atuação no 2º BPM demonstrando pulso firme na caça aos que cometem crimes. Para ele “é melhor um bandido morto do que um policial que protege a família, a comunidade três-lagoense”. Essa premissa, revelada durante entrevista exclusiva ao Perfil News, na tarde de ontem (03), em seu gabinete, foi por conta de recente episódio envolvendo uma operação que acabou resultando na prisão de um criminoso e na morte de seu parceiro, um menor de 17 anos.

Essa dedicação, com a participação sempre escudeira e decisiva dos comandados, faz do comando de Monari um dos mais atuantes da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Tanto que os próprios levantamentos confirmam: o índice de criminalidade diminuiu cerca de 20% em janeiro de 2015 em comparação ao mesmo período do ano passado.

E as ações da PM de Três Lagoas vão prosseguir ainda mais rigorosas contra os criminosos, com o aumento do efetivo. Um novo grupo de 67 soldados está sendo formado para encorpar a segurança nas ruas da cidade. Durante o período de curso os alunos recebem instrução de armamento e tiro, Polícia Comunitária, ordem unida, defesa policial, policiamento ostensivo geral, noções de Direito, entre outras matérias que fazem parte da grade curricular. “Até junho, eles já estarão devidamente preparados para atuarem nas ruas de forma ostensiva”, garantiu Monari.

ATIVIDADE DELEGADA

Boa parte dos policiais militares se dispõem a ganhar extras, trabalhando durante o período de folga em supermercados e outros estabelecimentos, fazendo “bicos”, e tal atividade vai ser melhor aproveitada e remunerada. Para tanto, ainda com referência a visita do comandante geral da PMMS, uma parceria está sendo buscado entre o Estado e a Prefeitura Municipal para o aproveitamento desse material humano especializado nas ações que a municipalidade requer. “Inclusive, evitando gastos maiores que podem advir da formação de uma guarda municipal”, calculou Monari.

O comandante do 2º BPM, que acompanhou o coronel Oliveira em uma visita à prefeita Marcia Moura, disse que a atividade delegada, que permite que policiais militares trabalhem nas suas horas de folga e ajudem na segurança das cidades, permitirá uma “diária remunerada” aos PMs. “Quem ganha é a população, que vai ter um profissional da área atuante, sendo melhor aproveitado, principalmente nos horários críticos de maior movimentação”. O Estado cede homens e viaturas e o Município remunera.

O que o comandante do 2º BPM expôs permite uma visão de que, se um PM tem um período de folga de 48 horas, por exemplo, ele poderá usar 8 horas desse tempo para continuar prestando serviço à comunidade e ganhando para isso. “Deixa de ser ‘bico’ e é legal; assim funciona em São Paulo e em outros estados e cidades”, afirma Monari.

A remuneração ainda não foi estabelecida, nem por parte do Governo, nem da Prefeitura, segundo Monari. “A sugestão é que fique próximo aos valores ganhos pelo pessoal [PMs de folga, nos ‘bicos’]”, avaliou.

Ainda nessa questão, o comandante do 2º BPM revelou que um estudo por ele realizado junto à tropa “revelou que a maioria aprova [atividade delegada]”.

NOVO GOVERNO

A posição do novo governador em ter o setor de Segurança Pública como uma das prioridades é para Wilson Monari fundamental para que, como resultado, as ações de combate à criminalidade diminuam ainda mais e, como consequência, a população se sinta ainda mais tranquila. “Governo novo é sempre uma expectativa e felizmente esta é muito boa”, resumiu o comandante da PM local.

Para Monari, Reinaldo Azambuja tem anunciado que sua intenção é investir na Segurança Pública, apoiando a estrutura da Polícia Militar, em especial. “E também o novo comandante geral, sua experiência de 29 anos na PM, capacita-o a realizar o suporte necessário para que a Instituição [PMMS]”avance, especialmente na questão do material humano”, colocou.

Segundo ele, as ações no tocante à Polícia Comunitária vão ter continuidade. É uma filosofia e uma estratégia organizacional que proporciona parceria entre a população e a polícia, baseada na premissa de que o trabalho conjunto resultará na identificação, priorização e solução de problemas como crimes, drogas, desordens e até mesmo decadência dos bairros, com objetivo de melhorar a qualidade geral de vida na área. O policiamento comunitário baseia-se na crença de que os problemas sociais terão soluções cada vez mais efetivas, na medida em que haja a participação de todos na sua identificação, análise e discussão.

ESTRUTURA DE VIGILÂNCIA

Com o prédio que vai abrigar o sistema de vídeo monitoramento 100% concluso, restando apenas alguns detalhes elétricos e acomodação de equipamentos, a segurança da cidade começa a ser montada com a instalação das câmeras em determinados pontos, como na área central, entorno da Lagoa Maior, entre outras regiões movimentadas. “Como a dita crackolândia [na Avenida Filinto Muller] que vai ter pelo menos uma câmera”, observa Monari.

“O crime não permanece estático”, explicou o comandante, acrescentando que “devido a isso, existe a necessidade de uma redefinição dos pontos onde vão ser afixados os postes e as câmeras”.

Um dos fatores foi o surgimento de novos núcleos habitacionais, como por exemplo, o Residencial Novo Oeste, cuja região necessita de uma estrutura de vigilância para garantir a tranquilidade da comunidade. “A PM está preparada para tudo”, concluiu Monari.