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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Expansão da Eldorado Brasil pode estar comprometida

05/03/2014 12h30 – Atualizado em 05/03/2014 12h30

Fundos de pensão rejeitam plano de expansão da Eldorado

Matéria publicada no Jornal Valor Econômico diz que apesar da forte pressão da família Batista, dona da J&F Investimentos e da JBS, os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef não vão colocar dinheiro na Eldorado Brasil, produtora de celulose controlada pelo grupo.

Da Redação

Matéria publicada no Jornal Valor Econômico diz que apesar da forte pressão da família Batista, dona da J&F Investimentos e da JBS, os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef não vão colocar dinheiro na Eldorado Brasil, produtora de celulose controlada pelo grupo.

As fundações foram procuradas pela família Batista, com uma proposta de aporte de R$ 2,8 bilhões na empresa, que entrou em operação há pouco mais de um ano. As principais razões para o desinteresse são o elevado nível de endividamento da Eldorado e a maneira como a operação fabril foi estruturada, com uso intensivo de madeira de terceiros, que é mais cara.

A Previ, que contratou a finlandesa Pöyry para assessorá-la nos assuntos relacionados à indústria de celulose, recebeu proposta de aporte de R$ 1,4 bilhão na Eldorado, porém, segundo apurou o Valor, a empresa não enxergou viabilidade no negócio. A fundação estaria disposta a participar de um processo de consolidação de ativos de celulose, em vez de simplesmente se tornar sócia da Eldorado.

Segundo fontes a par do assunto, a crescente dívida de curto prazo da Eldorado, em razão da limitada disponibilidade de madeira própria para abastecimento da fábrica de Três Lagoas, problemas de geração de caixa e o cenário de sobreoferta de celulose nos próximos anos, diminuíram o apetite dos fundos.

Nesse cenário, o futuro do projeto de expansão da Eldorado dependeria de uma solução financeira que não passe pela Previ, nem por Petros e Funcef. Conforme uma fonte, as duas fundações, que já são acionistas da companhia, devem acompanhar a decisão da Previ de não participar do aumento de capital.

A Eldorado terá que investir mais de U$ 3 bilhões para colocar em operação a segunda linha e a proposta inicial era levantar uma parte dos recursos por meio de oferta pública inicial de ações (IPO em inglês). Há algum tempo, a companhia passou a trabalhar com o modelo de aumento de capital, por meio de colocação privada, que poderia resultar na chegada de um novo sócio. Foi nesse contexto que a Previ foi procurada.

O Perfil News procurou contatar a assessoria de comunicação da Eldorado Brasil para que a direção se pronunciasse a respeito, mas não conseguiu o intento.

As principais razões para o desinteresse são o elevado nível de endividamento da Eldorado e a maneira como a operação fabril foi estruturada (Foto: Ricardo Ojeda/Perfil News)

A Previ, que contratou a finlandesa Pöyry para assessorá-la nos assuntos relacionados à indústria de celulose, recebeu proposta de aporte de R$ 1,4 bilhão na Eldorado (Foto: Ricardo Ojeda/Perfil News)

Segundo fontes a par do assunto, a crescente dívida de curto prazo da Eldorado diminuíram o apetite dos fundos (Foto: Ricardo Ojeda/Perfil News)

A Eldorado terá que investir mais de U$ 3 bilhões para colocar em operação a segunda linha e a proposta inicial era levantar uma parte dos recursos por meio de oferta pública inicial de ações (Foto: Ricardo Ojeda/Perfil News)

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