11/09/2002 13h49 – Atualizado em 11/09/2002 13h49
Provocar o debate sobre a geração e valorização de negócios a partir da agregação dos valores presentes na diversidade natural e cultural brasileira, colocada como diferencial aos produtos e serviços das micro e pequenas empresas. Esse é o objetivo do Seminário Mato Grosso do Sul com a Cara do Brasil, que acontece dia 12 de setembro, às 14 horas, no Marco – Museu de Arte Contemporânea, na Rua Antônio Maria Coelho, 6.000, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. O seminário conta com a parceria da empresa Studio A.
No evento será apresentado o projeto Cara Brasileira desenvolvido pelo Sebrae em todo o país que tem por objetivo identificar as principais características dos produtos genuinamente brasileiros e com que propriedades poderia ser utilizado para promover as empresas do país.
Na abertura, às 15 horas, Maura Gabínio, diretora superintendente do Sebrae/MS, faz a contextualização do Projeto Cara Brasileira. Em seguida, às 16 horas, Marcos Cobra, professor de Mercadologia da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, e Arnaldo Menecozzi, geógrafo, mestre em educação brasileira e autor das diretrizes curriculares de geografia do ensino médio, apresentam o painel “Uma cara brasileira para os pequenos negócios”.
Às 18 horas, Giulio Vinaccia, designer italiano responsável pelos projetos de artesanato do Estado, do Distrito Federal e Rio de Janeiro, juntamente com Márcio Portocarrero, secretário estadual de Meio Ambiente, Cultura e Turismo, falam no painel “Patrimônio Natural e Cultural como valor para o mundo empresarial”.
Logo após a apresentação dos painéis acontece o lançamento do manual Elementos da Iconografia de Mato Grosso do Sul e a abertura da Mostra Mato Grosso do Sul com a cara do Brasil que ficará aberta à visitação pública até o dia 30 de setembro. Na ocasião, será servido um coquetel com a Cara do Estado e o artista Rafael Marinho fará apresentação de músicas regionais.
Ícones regionais – O manual Elementos da Iconografia de Mato Grosso do Sul foi elaborado a partir de uma pesquisa do designer italiano Giulio Vinaccia, que vem sendo realizada desde fevereiro desse ano, sobre os ícones da cultura sul-mato-grossense que poderão ser aplicados na produção do Estado, como o artesanato, a confecção, em peças utilitárias e decorativas, por exemplo.
Os ícones foram elaborados através de pesquisa de quatro áreas de Mato Grosso do Sul, sendo elas a pré-história, a história da arquitetura regional, fauna e flora e duas principais etnias indígenas: a Kadiwéu e Terena.
Mais de 300 ícones foram levantados, num trabalho que envolveu artesãos da capital, interior e especialistas em designer. Foram realizadas quatro oficinas de artesanato na capital, com produção em madeira, cerâmica, pintura em tecido e tecelagem, no município de Jardim, com peças a partir da madeira, osso e couro, em Brasilândia, com tapeçaria nas técnicas arraiolo e ismirna, e Santa Rita do Pardo, com patwork e tecelagem. As peças possuem certificado de origem com descrição da matéria prima utilizada, a técnica, a origem e o significado dos traços e desenhos.
“O que se vê hoje são pessoas que começam a trabalhar com o artesanato como uma outra fonte de renda. São peças com desenhos e ícones de outros países. Com esse trabalho, os artesãos produzem peças com uma identidade que será levada de geração em geração”, afirma Giulio Vinaccia, designer responsável pela pesquisa.
A produção do manual Elementos da Iconografia contou com a parceria do Sebrae/MS e Governo do Estado, através da Secretaria de Meio Ambiente, Cultura e Turismo.
Comércio Exterior – Os 26 artesãos de Jardim trabalharam na produção de detalhes feitos em osso colocados em trajes de banho, como biquínis e cangas. Essas peças foram apresentadas em Düsseldorf, na Alemanha, de 1 a 6 de agosto de 2002.
Em julho desse ano, peças de artesanato sul-mato-grossenses também estiveram presentes na Mostra Brasileira de Artesanato, em Milão, na Itália. O evento reuniu a maior quantidade de peças já exibidas no exterior com o objetivo de abrir mercado ao artesanato brasileiro. Participaram quase 40 peças de artesãos de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas, através do Programa Sebrae de Artesanato.
O Seminário Mato Grosso do Sul com a Cara do Brasil, acontece dia 12 de setembro, às 14 horas, no Marco – Museu de Arte Contemporânea, na Rua Antônio Maria Coelho, 6.000, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. A mostra fica no museu até o dia 30 de setembro
