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Propaganda eleitoral on-line vira uma febre

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15/09/2002 06h47 – Atualizado em 15/09/2002 06h47

Um e-mail paciência@paciência.com.br anda povoando os sonhos de dezenas de eleitores-internautas. Paciência para lidar com os candidatos que, deletando as regras básicas de boas maneiras na rede, espalham vírus de caça aos votos em mensagens com currículo, retratinho e, lógico, o número de campanha. A propaganda on-line é a febre do momento entre políticos, principalmente para os que têm pouco dinheiro e precisam divulgar suas idéias.

“Não tenho dinheiro para bancar outdoors ou painéis. Na Internet, o trabalho é de formiguinha: você passa sua propaganda para um amigo, ele repassa para outros e por aí vai. Faz mais efeito do que os três segundos que apareço na TV”, diz o engenheiro Raymundo de Oliveira, candidato a deputado estadual pelo PSB do Rio.

“A Internet é perfeita para você se tornar conhecido junto a um público formador de opinião. E o custo é muito baixo. Basta ter uma linha de telefone e um computador”, acrescenta o futuro economista Bruno Thibau, candidato a deputado estadual pelo PTN de São Paulo.

No Brasil, dados dos institutos que trabalham com a rede mundial de computadores indicam que existem cerca de 14 milhões de internautas, dos quais mais de dez milhões têm mais de 16 anos, ou seja, podem votar. De olho neste público, os principais candidatos à Presidência capricharam em seus sites e mantêm equipes de jornalistas para atualizar o conteúdo até a apuração do último voto.

O site de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, permite até que o militante imprima em casa material de campanha. A lojinha virtual, com bonés, broches e camisetas, vende cerca de R$ 1 mil por dia. No endereço do tucano José Serra, é possível ouvir jingles de campanha, escolher papéis de parede ou enviar cartões virtuais com o retrato do candidato.

Já Ciro Gomes (Frente Trabalhista) e Anthony Garotinho (PSB) se destacam em outra frente: a rapidez com que atualizam on-line as notícias sobre seus candidatos. O curioso é que nenhum dos endereços tem um contador de visitas. A explicação é simples. Temendo que o site fosse pouco procurado, os webdesigners, a pedido dos partidos, preferiram manter a contagem do público em segredo. “Imagina se um adversário entra no site e vê: document.write Chr(39)Você é o visitante número 255document.write Chr(39). Lógico que iam explorar isso politicamente, sem levar em conta que a internet tem uma função maior de atingir o público formador de opinião”, destaca o coordenador do site de um candidato à Presidência.

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