19/09/2002 10h36 – Atualizado em 19/09/2002 10h36
Um brasileiro entra na policia e dirige-se ao Delegado:
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Vim entregar-me, cometi um crime e desde então não consigo viver em paz.
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Meu senhor, as leis aqui são muito severas e são cumpridas e se o senhor é mesmo culpado não haverá apelação nem dor de consciência que o livre da cadeia. Qual o crime que o senhor cometeu?
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Atropelei um argentino na estrada ao sul de Caxias.
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Ora meu amigo, como o senhor pode se culpar se estes argentinos atravessam as ruas e as estradas a todo o momento?
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Mas ele estava no acostamento.
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Se estava no acostamento é porque queria atravessar, se não fosse o senhor seria outro qualquer.
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Mas não tive nem a hombridade de avisar a família daquele homem, sou um crápula!
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Meu amigo, se o senhor tivesse avisado haveria manifestação, repúdio popular, passeata, repressão, pancadaria e morreria muito mais gente, acho o senhor um pacifista, merece uma estátua.
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Mas tem ainda o pior… Eu enterrei o pobre homem ali mesmo, na beira da estrada.
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O senhor é um grande humanista, enterrar um argentino, é um benfeitor, outro qualquer o abandonaria ali mesmo para ser comido por urubus e outros animais, provavelmente até hienas.
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Mas enquanto eu o enterrava, ele gritava : Estoy vivo, estoy vivo!
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Tudo mentira, esses argentinos mentem muito…