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Dólar é cotado a R$ 3,532, com alta de 3,72%. Bovespa tem queda de 3,75% e R$ 65 milhões em negócios

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23/09/2002 11h12 – Atualizado em 23/09/2002 11h12

Às 11h18m, a moeda americana era negociada por R$ 3,527 na compra e R$ 3,532 na venda, com alta de 3,72%. Na máxima atingida hoje, a cotação de venda chegou a R$ 3,56 (+4,55%). O mercado acionário brasileiro tem uma manhã de perdas generalizadas, com influência dos cenários interno e externo. Às 11h30m, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) marcava 9.225 pontos, com queda de 3,75%. O volume financeiro, de R$ 65,1 milhões, é considerado bastante baixo para este horário, o que significa que pelo menos por enquanto não há fuga em massa da bolsa paulista.

De acordo com as informações nas mesas dos bancos document.write Chr(39)dealersdocument.write Chr(39), a redução do ritmo aconteceu naturalmente. Os vendedores apareceram em maior quantidade quando o dólar se aproximava da barreira psicológica de R$ 3,60, cotação do peso argentino em relação à moeda americana. Nesta manhã, a moeda americana atinge suas mais altas cotações desde o dia 31 de julho, quando a moeda fechou em R$ 3,47, depois de ter atingido a máxima de R$ 3,61.

O principal motivo da pressão sobre o dólar é o cenário eleitoral, com a repercussão negativa da pesquisa Datafolha, cujos resultados voltaram a indicar chances reais de vitória da oposição na eleição presidencial. Mas os operadores também apontam como motivo da pressão a proximidade do resgate de US$ 1,5 bilhão em dívida pública, que será reajustada pela média do dólar para o mês (Ptax), a ser definida amanhã.

O Banco Central desistiu de rolar metade dessa dívida, alegando desinteresse dos investidores em document.write Chr(39)hedgedocument.write Chr(39) (proteção). A medida fará sobrar reais na economia a partir de quarta-feira, mas o BC deve compensar a sobra ofertando mais dólares e recolhendo mais recursos no document.write Chr(39)overnightdocument.write Chr(39). De qualquer forma, os investidores que irão resgatar seus recursos das mãos do BC deverão puxar a Ptax para conseguir melhor remuneração.

No mercado futuro, o dólar para liquidação em outubro está em R$ 3,502, com alta de 3,33%.

Ações – Das dez ações mais negociadas, nenhuma opera em alta. Telemar PN e Petrobras PN, as duas mais líquidas, têm queda de 3,99% e 2,97%, respectivamente. Entre os papéis que compõem a carteira teórica do Ibovespa, as maiores quedas são de Cemig PN (-6,5%) e Klabin PN (-6,4%). Já as ações de empresas exportadoras são as únicas que conseguem andar na contramão das demais, devido ao fato de terem receita em do dólar. Estão em alta Aracruz PNB (+3,5%), Vale do Rio Doce PNA (+1%) e VCP PN (+0,2%).

A queda da Bovespa é reflexo do cenário eleitoral que desagrada os investidores, com o petista Luiz Inácio Lula da Silva com chances reais de vitória no primeiro turno das eleições. Também o desempenho bastante negativo das bolsas americanas colabora para as ordens de venda na bolsa brasileira.

Alto risco – Os investidores também estão bastante atentos ao mercado americano, às voltas com indicadores negativos e a ameaça de guerra dos Estados Unidos ao Iraque. A aversão ao risco predominante entre os investidores estrangeiros continuam reduzindo as posições em títulos de países emergentes.

O risco-país brasileiro dispara nesta manhã turbulenta nos mercados. Às 10h30m, o indicador medido pelo banco de investimentos JP Morgan tinha 2.163 pontos-base, com alta de 9,40%. É a mais alta pontuação do risco-Brasil desde 15 de agosto, quando o indicador fechou em 2.177 pontos-base.

A alta expressiva do risco Brasil leva em consideração essencialmente o cenário eleitoral, já que o país está a menos de duas semanas das eleições presidenciais e o candidato da oposição tem chances reais de vitória no primeiro turno. Além disso, a delicada situação da economia americana e a iminência de uma guerra contra o Iraque são fatores que colaboram para piorar o quadro. Com isso, o investidor estrangeiro foge dos investimentos aplicados em países de risco.

Há pouco, o C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, tinha queda de 6,37%, cotado a US$ 0,513. O Global 40, bônus global de 40 anos, recuava 6,53%, cotado a US$ 0,46.

Cénário externo – Em meio à volatilidade que o mercado interno produz, também há a influência do cenário internacional, com os Estados Unidos às voltas com as ameaças de intervenção militar no Iraque. Além disso, a divulgação dos índices econômicos americanos deve ajudar a mexer com as cotações. Outro destaque da semana nos Estados Unidos é a reunião do Federal Reserve, o BC americano, que deverá decidir sobre a taxa básica de juros naquele país. A expectativa é de manutenção dos juros em 1,75% ao ano.

Fonte: Paula Dias, do GloboNews.com

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