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Combate à diabetes do MS será mostrado em Hong Kong

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27/09/2002 14h05 – Atualizado em 27/09/2002 14h05

Experiência brasileira de combate ao diabetes será apresentada como modelo em congresso mundial.

O Plano de Reorganização da Atenção à Diabetes e à Hipertensão, criado pelo Ministério da Saúde, será apresentado no III Congresso Mundial de Diabetes e suas Complicações, em Hong Kong, entre 29 de setembro e 1 de outubro.

A experiência brasileira foi convidada pela organização do congresso para ser apresentada em workshop como uma das mais bem sucedidas intervenções governamentais para a diabetes no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O reconhecimento formal por parte da organização será feito no próximo mês, em Genebra, na Suíça.

De acordo com a OMS, o plano desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com secretarias municipais e estaduais de saúde e com sociedades médicas destaca-se principalmente por ser a primeira iniciativa a inserir as doenças na agenda pública de saúde de todo o país, por meio de campanhas nacionais e mobilização de profissionais da área.

Outro aspecto importante é o fato de o plano enfocar o diagnóstico, tratamento e prevenção das complicações das doenças no nível da atenção básica de saúde, com a capacitação de profissionais e multiplicadores em unidades básicas e equipes de saúde da família.

Atualmente, o ministério está realizando oficinas de capacitação de profissionais de saúde para atuar contra a diabetes e a hipertensão em todos os estados. Mais de 15 mil profissionais já foram capacitados e a meta é que esse número chegue a 30 mil até o fim do ano.

Etapa final – Estas oficinas de capacitação representam a última etapa de execução do Plano de Reorganização de Atenção à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus.

A iniciativa, lançada em outubro de 2000, tem como objetivo reorganizar e ampliar o atendimento resolutivo aos portadores dessas duas doenças no SUS, em parceria com estados, municípios e entidades representativas.

A primeira etapa foi a realização de encontros e oficinas macrorregionais para preparar as campanhas tanto de diabetes quanto de hipertensão.

A segunda fase do plano consistiu na realização de campanhas nacionais de detecção das duas doenças. A campanha de diabetes foi realizada entre março e abril de 2001. Neste período, foram realizados 21 milhões de testes de glicemia capilar e identificados 3,2 milhões de suspeitos de diabetes. O Ministério adquiriu 30 mil glicosímetros, em investimento de R$ 31 milhões na compra do material e mais R$ 1 milhão para capacitar os profissionais de saúde a fazerem o exame.

Já a Campanha de Detecção de Hipertensão foi realizada entre novembro e dezembro de 2001 e, em alguns municípios, é estendida até hoje. Neste período foram realizados 11 milhões de exames e identificados 4 milhões de suspeitos. O ministério comprou 34,5 mil tensiômetros, num investimento de quase R$ 2 milhões.

Todos os exames considerados suspeitos foram reencaminhados à rede de saúde para confirmação do diagnóstico, o que constituiu a terceira etapa do plano, que agora se conclui com a capacitação dos profissionais para o tratamento dos portadores confirmados das duas doenças.

O Ministério da Saúde garante o tratamento e o fornecimento gratuito de medicamentos para todos os pacientes cadastrados pelos profissionais de saúde dentro do plano. Para isso está investindo R$ 100 milhões por ano para atender a 9 milhões de hipertensos e 3 milhões de diabéticos.

O Ministério também fornece gratuitamente a insulina para os pacientes que dependem do medicamento. Apenas para aquisição e distribuição da insulina, investe, por ano, mais R$ 60 milhões.

Fonte: Plantão News

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