27/09/2002 11h25 – Atualizado em 27/09/2002 11h25
Mato Grosso do Sul pode gerar até 50 mil empregos diretos e indiretos se passar a dar um tratamento industrial na sua produção de couro, que chega a 15 mil por dia e cerca de cinco milhões por ano. Atualmente, 50% desta produção sai do Estado sem tratamento industrial. Estes dados foram repassados na manhã de hoje pelo coordenador do projeto do Centro Tecnológico do Couro, o pesquisador da Embrapa Edson Espíndola, durante apresentação da planta do empreendimento no auditório da casa Civil. O Estado esteve representando pelo secretário de Governo, Marcos Alex. O governador Zeca justificou a sua ausência por estar com um pequeno problema nas cordas vocais.
Resultado de um investimento de R$ 1,329 milhão, provenientes do Ministério da Ciência e Tecnologia, dos quais R$ 300 mil já foram liberados, e de uma contrapartida de R$ 388 mil do governo do Estado, a obra deve começar em novembro e ser concluída em um prazo de 10 meses. Pelos cálculos de Espíndola, se criar alternativas para produção industrial do couro até a fabricação de calçados, Mato Grosso do Sul vai produzir 38 mil empregos diretos e 11,4 mil indiretos.
A área de atuação do centro será dividida, segundo explicou Espíndola, em três segmentos. A pesquisa científica ficará ao cargo de especialistas da Embrapa, Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal) e UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). A prestação de serviço e treinamento de mão de obra será responsabilidade do Sebrae, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). Por fim, as indústrias, representadas pelos sindicatos dos frigoríficos, produtores de calçados e do couro, cuidarão do estudo sobre a destinação do produto.
Fonte: MS Notícias
