10/10/2002 14h13 – Atualizado em 10/10/2002 14h13
Ana Lúcia Azevedo
A onda de medo do bioterrorismo promove uma era de bonança para pequenas empresas de biotecnologia de vanguarda nos Estados Unidos. Firmas que são pouco mais do que pequenos grupos de pesquisa estão recebendo financiamentos polpudos do Departamento de Defesa e de outros órgãos do Governo americano. Exemplo disse é a Nanosphere, que acaba de assinar um contrato de milhões de dólares (o valor exato, a empresa não revela) para desenvolver um sistema capaz de detectar ínfimas quantidades de agentes biológicos.
Como seu próprio nome indica, a Nanosphere trabalha com coisas muito pequenas, ínfimas, menores do que células. Ela está começando a desenvolver um sistema para identificar ácidos nucleicos (DNA ou RNA) de toxinas usadas como armas biológicas.
Em bom português, isso quer dizer que o sistema poderá detectar DNA ou RNA de vírus agressivos, por exemplo. Esse tipo de pesquisa é muito caro, mas essencial para a política de segurança dos EUA. Porém, deverá levar alguns anos até que cientistas tenham um sistema que possa ser considerado confiável. É por isso que tantas empresas estão sendo agraciadas. As dificuldades da empreitada são imensas. Os sistemas precisam ser pequenos, resistentes, ultra-sensíveis e fáceis de instalar.
