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Cuidados com telefones clonados

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10/10/2002 13h38 – Atualizado em 10/10/2002 13h38

O crescimento na prática da clonagem de telefones celulares levou as empresas de telefonia móvel a criar um serviço especial de atendimento às vítimas. Em São Paulo, a região do aeroporto é a preferida pelos criminosos. O dono do celular muitas vezes só percebe o problema quando recebe uma conta com interurbanos que nunca fez.

A professora universitária Sônia Pinheiro foi ao Rio de Janeiro. No aeroporto Santos Dumont, fez uma ligação. Vinte dias depois, descobriu que a linha do celular dela havia sido clonada.

  • Havia mais 60 ligações do Rio de Janeiro, interurbanos, para vários lugares, inclusive o exterior – conta ela.

As empresas não divulgam números sobre clonagem, mas criaram serviços para atender as vítimas.

  • Eles me disseram que estavam tendo várias reclamações de casos de clonagem, tanto é que adaptaram esse serviço – diz Sônia.

Especialistas em telefonia celular dizem que, em poucos minutos, os fraudadores conseguem clonar um número grande de linhas linhas.

  • O celular dele vai estabelecer uma conversação com a estação rádio-base mais próxima. Neste estabelecimento de conversação, é trocada uma série de informações. É tudo que o fraudador precisa – de acordo um especialista.

Os especialistas pesquisam como acontecem as clonagens e dão algumas dicas para evitar o problema: não empreste o aparelho; peça o bloqueio da discagem internacional e do 0900; se o aparelho precisar de conserto, leve-o a uma loja credenciada; e ao viajar, antes de chegar ao destino reprograme o celular para que ele acesse a rede digital.

As viagens, principalmente de avião, representam um risco para quem tem celular. A área perto do Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital, é onde ocorre o maior número de casos de fraude. O perfil do usuário é diferenciado.

Segundo profissionais da área, o uso de celulares é intenso em Congonhas. Como se liga muito o aparelho, é justamente nessa hora que os fraudadores agem.

No entanto, mesmo que o caso seja de polícia, o delegado do Departamento de Investigações Criminais (Deic), Manoel Camassa, revela que poucas pessoas registram boletim de ocorrência, “porque não há prejuízo patrimonial. As operadoras têm um sistema tecnológico de monitoramento das ligações pelo perfil do usuário. A partir do momento em que eles detectam que o usuário saiu daquele perfil de uso, eles comunicam imediatamente.

  • O que significa que o tempo de vida do telefone clonado é curto – afirmou o delegado.

Quem teve a linha do celular clonada, pode perceber alguns “sintomas” do aparelho.

  • Se tem muitas pessoas ligando para você perguntando por alguém, pode ser indício de clonagem. Quando você estabelece uma ligação e ela cai, pode ser indício – finaliza o especialista.

A Anatel, agência do governo que regula as telecomunicações, diz que pretende iniciar uma campanha para alertar sobre os riscos da clonagem. A Telesp Celular afirma que identifica clonagens através de um sistema de detecção e controle de fraudes e que os prejuízos são assumidos pela empresa.

Já a BCP informa que é impossível clonar um celular digital e que a rede da empresa é toda digitalizada. Ainda assim, a empresa diz que mantém um telefone para atender clientes que suspeitem de alguma operação irregular com seu aparelho.

Fonte: SPTV

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