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Condenado servo-bósnio a 20 anos de prisão por matar muçulmanos

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29/11/2002 09h48 – Atualizado em 29/11/2002 09h48

Um servo-bósnio foi condenado hoje a 20 anos de prisão pelo tribunal de crimes de guerra da ONU após ser considerado culpado do assassinato de cinco muçulmanos em 1992.

Mitar Vasiljevic, um ex-garçom de 48 anos, era acusado de ser membro de um grupo paramilitar subordinado à polícia e aos militares sérvios e atuante em Visegrad (leste da Bósnia) entre 1992 e 1994.

O caso contra o servo-bósnio concentrou-se em duas atrocidades cometidas em junho de 1992 -o assassinato com tiros na cabeça de cinco muçulmanos bósnios no rio Drina e o assassinato de 65 mulheres, crianças e idosos muçulmanos, queimados vivos em uma casa na qual estavam presos.

Os juízes do Tribunal Penal Internacional da ONU para a ex-Iugoslávia consideraram Vasiljevic culpado em apenas duas das acusações -perseguição e assassinato-, absolvendo-o de outras oito.

Os juízes descartaram a acusação de que o réu tivesse se envolvido diretamente no incêndio da casa na rua Pionirska, em Visegrad, onde os muçulmanos haviam sido colocados.

Foi aceito o álibi de que Vasiljevic teria dado entrada em um hospital no momento do massacre.

Classificando os assassinatos ao lado do rio Drina de “execuções à sangue frio”, os juízes descartaram a alegação do réu de que havia tentado persuadir o líder do seu grupo a poupar a vida dos muçulmanos.

Segundo o tribunal, na verdade, os “pedidos de clemência feitos pelos homens foram completamente ignorados pelo réu”.

Apesar de Vasiljevic ter desempenhado um pequeno papel nos conflitos ocorridos nos Bálcãs, ele era culpado de crimes sérios motivados apenas “por um puro ódio racial”, afirmou o tribunal.

Junto com Vasiljevic também foram indiciados Milan Lukic e Sredoje Lukic, que seriam membros do grupo “Águias Brancas”, ao qual pertencia o réu. Milan e Lukic continuam foragidos.

Fonte: Reuters

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