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Hizbollah quer mais atentados suicidas palestinos

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29/11/2002 14h25 – Atualizado em 29/11/2002 14h25

O líder da guerrilha libanesa Hizbollah pediu aos palestinos hoje que intensifiquem sua campanha de atentados suicidas, vista por ele como a forma mais eficiente de combater a ocupação israelense.

O xeque Hassan Nasrallah disse que os palestinos deveriam aprender com a experiência libanesa. A lição, segundo ele, era que não havia uma solução política no conflito com Israel.

“O que vai proteger Jerusalém e seus locais sagrados e restituí-los aos palestinos é a conduta de seu povo, através do que buscam o martírio que espanta o mundo, cada dia e cada noite, abalando a entidade sionista Israel e a segurança de seus colonos”, disse o xeque em um comício que marcou o Dia de Jerusalém, data em que, em 1947, a ONU determinou a divisão da cidade entre árabes e judeus.

Apoiado pelo Irã e pela Síria, o Hizbollah foi a principal força que levou Israel a encerrar 22 anos de ocupação no sul do Líbano, em 2000. Desde então, os guerrilheiros continuam combatendo as tropas israelenses em zonas disputadas da fronteira.

Nasrallah pediu também aos palestinos que ignorem a condenação internacional aos atentados. “Hoje a resistência palestina é também um caso de autodefesa. Os palestinos não vão atacar os outros. Eles não foram à Rússia para matar judeus russos, à Ucrânia para matar judeus ucranianos ou à Etiópia para matar os document.write Chr(39)falashasdocument.write Chr(39), se é que eles são judeus.”

“São os sionistas que vêm do mundo todo para usurpar a terra, os lugares sagrados, as cidades e as aldeias dos outros”, prosseguiu. “O que os palestinos estão fazendo com as operações de martírio é legítimo, legal, islâmico e moral porque estão buscando o fim da injustiça.”

Milhares de pessoas tomaram as ruas de Nabatiyeh, um tradicional reduto dos muçulmanos xiitas no Líbano, para ver o desfile militar organizado pelo Hizbollah ontem.

Cada unidade do grupo leva o nome de um libanês ou de um palestino morto no conflito com Israel.

Houve manifestações similares também em campos de refugiados palestinos no Líbano e em Damasco, a capital da Síria.

Fonte: Reuters

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