15/07/2003 10h52 – Atualizado em 15/07/2003 10h52
O mercado de câmbio continua a operar com liquidez reduzida e oscilações tímidas nesta terça-feira, com os investidores à espera de novidades no cenário político. Às 11h42m, o dólar era negociado por R$ 2,858 na compra e R$ 2,862 na venda, com baixa de 0,03%. As atenções se concentram na reunião do governo com governadores e lideranças políticas para discutir a reforma da Previdência.
No aspecto técnico, investidores observam o fluxo cambial e a proximidade do vencimento de uma dívida cambial de US$ 2,7 bilhões que vence na quinta-feira. Do total da dívida vincenda, o Banco Central (BC) renegociou 52%, deixando US$ 1,3 bilhão sem compensação. Profissionais do mercado acreditam que essa sobra de dinheiro pode trazer uma pequena pressão ao dólar à vista amanhã, limitada pela expectativa de ingresso de recursos externos. Nesta manhã, o fluxo se mostra equilibrado.
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, se reúne hoje com governadores e líderes parlamentares para buscar um acordo sobre a tramitação da reforma da Previdência. O temor do mercado é que o governo recue e se distancie da proposta original da reforma, principalmente no que diz respeito à aposentadoria integral dos funcionários públicos. Interlocutores do governo se mostram firmes nas propostas originais e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já prevê para outubro o fim das reformas tributária e previdenciária.
A proximidade da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem, é outro assunto que deve ganhar espaço nos próximos dias. Além das várias indicações de deflação, o próprio presidente Lula sinalizou com uma queda document.write Chr(39)document.write Chr(39)sistemáticadocument.write Chr(39)document.write Chr(39) da taxa Selic, hoje de 26% ao ano. Os investidores dão como certo que o Copom reduzirá a Selic. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o juro futuro de agosto, que projeta a Selic de julho, está em 24,95%. O vencimento de abril de 2004 está em 22,17% ao ano.
Os ativos brasileiros negociados no exterior continuam com bom desempenho, incentivando nova queda do risco-país. O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, tem valorização de 0,42%, cotado a 88,56% do seu valor de face. Em conseqüência, o Risco Brasil se situava em 787 pontos-base, com recuo de 1,13%.
Fonte: Globo News