15/07/2003 09h00 – Atualizado em 15/07/2003 09h00
O futuro ministro da Agricultura e Pecuária do Paraguai Antonio Ibáñez, que encabeça a equipe de transição para o futuro Governo, disse hoje que uma equipe especial vai cuidar da erradicação do foco de aftosa descoberto na semana passada em Pozo Hondo, região de Boquerón na fronteira com a Argentina e Bolívia. O combate da doença será feito com a ajuda de técnicos argentinos.
O futuro ministro paraguaio teme que a noticia de um novo foco da doença possa comprometer futuros negócios com os principais compradores da carne paraguaia que no momento são o Brasil e Israel.
Nos último nove meses este é o segundo incidente deste tipo enfrentado pelo Paraguai. O outro foco tinha sido localizado na região de Canindeyú na fronteira com o Mato Grosso do Sul.
Com isso a carne paraguaia deixou de ser vendida para o Chile, Colômbia, Venezuela, Rússia, África do Sul e outros paises que fecharam seus mercados para a carne daquele país. “Estamos tratando o problema com a maior seriedade e máximo de responsabilidade, para voltar a ter credibilidade com o mercado internacional”, disse Antonio Ibáñez.
Segundo ele as autoridades sanitárias da Argentina do Paraguai e da Bolívia devem primeiro tomar todas as medidas sanitárias cabíveis e detectar realmente onde se manifestou primeiramente doença. “O Paraguai não pode ser responsabilizado sozinho pelo problema, desta vez o erro não foi nosso”, disse Antonio.
O futuro ministro defendeu a formação de uma comissão formada por técnicos dos três paises para analisar o problema e dividir responsabilidades.
A descoberta do novo caso de febre aftosa no Paraguai aconteceu justamente durante a abertura da Exposição Agro-Industrial de Assunção e gerou um certo desconforto para as autoridades sanitárias e para os produtores rurais paraguaios.
Alem disso membros do atual e do futuro Governo trocaram acusações o que acabou gerando “uma saia” justa na abertura da feira. O presidente do Serviço Nacional de Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai, Gerardo Bogado, disse que para conter a doença foram sacrificados 95 animais como medida de prevenção. Os primeiros exames apontaram a doença em 13 dos 17 testes efetuados.
Fonte: DouradosNews