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Eletrônicos estão muito presentes no dia-a-dia das escolas

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16/10/2003 14h44 – Atualizado em 16/10/2003 14h44

Mas converse com os alunos e eles contarão uma história diferente.

“Eles estão por toda parte este ano”, disse Danny Berger, aluno do penúltimo ano na Escola Secundária Fieldston, no Bronx. “Muitas pessoas têm telefones celulares e aparelhos de MP3. Hoje mesmo, meu amigo que ouve música o dia todo vendeu seu aparelho de MP3 velho para outro aluno porque foi lançado um novo agora. Os palms têm uma saída de infravermelho que transmite coisas para outros palms, então durante a aula você pode jogar document.write Chr(39)Pongdocument.write Chr(39) com outro aluno do outro lado da sala”.

Na Escola Secundária Stuyvesant, as histórias são semelhantes.

“Alguém trouxe um controle-remoto universal e passou pelos corredores ligando todas as TVs nas salas de aula”, disse um aluno da Stuyvesant. Outro aluno mencionou que quando seu cabelo ainda estava comprido, até abaixo das orelhas, ele podia usar pequenos fones de ouvido do seu aparelho de MP3 e ouvir sem parar. Outra ainda acrescentou que sua amiga muitas vezes usava um apontador a laser para fazer um ponto vermelho móvel nas costas do professor sempre que ele se virava.

Na Escola Secundária Wagner Junior, celulares parecem ser o invento escolhido como artifício.

“Você nunca os vê, mas você sempre os ouve”, disse Christian Albrizio, aluno da sexta-série no Wagner. “Praticamente em todas as aulas, algum deles toca e o professor não faz idéia de onde seja. É hilário. A garotada poderia colocá-los no modo vibratório, mas eu acho que as pessoas os deixam tocar só para deixar os professores malucos”.

Outro aluno da sexta-série, Brian McKenna, mostrou seu telefone-câmera Nokia. “Eu tiro fotos com o meu e todos querem ver”, disse ele. “Só nos corredores, é claro, nunca na aula”, ele acrescentou com um sorriso forçado.

Anteriormente, os celulares e pagers foram proibidos nas áreas de escolas na cidade de Nova York. Mas depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a proibição foi relaxada, já que muitos pais se sentiram mais seguros sabendo que seus filhos poderiam ligar para casa em uma emergência. Os telefones e pagers são permitidos agora na escola, mas devem ser desligados e guardados durante o dia.

A maior parte dos professores e diretores reconhecem a presença cada vez maior desses inventos eletrônicos nas áreas escolares, mas eles não consideram a situação fora de controle.

“Você ficaria admirado com as coisas que mesmo as crianças mais novas trazem para a escola”, disse John Barnes, diretor em treinamento na Escola Wagner. “Eu não acho que existam mais neste ano do que no anterior. Mas em sua maior parte eles não abusam do privilégio”.

Anne Manwell, professora de biologia molecular na Escola Stuyvesant, tem quase a mesma opinião. “Eles são muito sérios em relação ao seu trabalho”, disse ela. “De fato, eles não usam muito seus celulares ou palms em sala”.

Organizações ligadas às escolas fazem uma avaliação semelhante. Ron Davis, vice-secretário de imprensa da Federação Unida de Professores, disse, “Nós não ouvimos nenhuma reclamação dos professores sobre esses aparelhos”.

Quanto ao Departamento de Educação, um porta-voz disse, “Nós não recebemos nenhum relato sobre isso, não em termos de confiscos e não em termos de atitudes disciplinares”.

Jill Levy, presidente do Conselho de Supervisores e Diretores, concordou. “Nós não soubemos de quaisquer problemas com telefones celulares ou computadores portáteis”, disse ela.

Mas alguns pais ouviram o contrário.

Enquanto esperava por sua filha, que está na sexta-série, Lissie Carrasquillo explicou, “Sophia me conta que vê outras crianças enviando mensagens de texto umas para as outras durante a aula o tempo todo. Nós fomos a uma viagem para um acampamento da turma na floresta. A escola disse para não levar nenhum celular. Todas as crianças os levaram assim mesmo”.

Fonte:IG

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