10/11/2003 15h33 – Atualizado em 10/11/2003 15h33
Aprovados no último concurso para agente penitenciário em Mato Grosso do Sul estão se articulando para entrar na Justiça contra o governo do Estado e a Secretaria de Justiça e Segurança Pública por conta a decisão do secretário Dagoberto Nogueira Filho de chamar ex-policiais e ex-agentes para atuar como reforço de fim de ano nos presídios. Segundo o integrante da comissão que representa 117 aprovados, Adalberto Pedro da Silva, o concurso expirou em outubro e, antes disso, houve várias negociações para que os aprovados fossem chamados.
Antes do concurso vencer, houve nova legislação que determinou a exigência de terceiro grau completo aos agentes como parte do Plano de Cargos e Carreiras. O concurso é anterior à essa legislação. “Agora, como poderão chamar pessoas que não têm terceiro grau, qual é a justificativa”, questiona. Adalberto Pedro afirmou que a comissão já tentou se reunir, em vão, com o secretário e ficou surpresa com a declaração feita por Dagoberto ao anunciar medidas de prevenção às ações do PCC (Primeiro Comando da Capital), das quais Mato Grosso do Sul seria vítima.
Ainda segundo o representante, a contratação de agentes penitenciários, anunciada pelo governo do Estado, não aconteceu. “Somente policiais civis estão fazendo a academia. Sei disso porque sou o primeiro da lista de agentes e, até agora, não fui chamado”, revelou. Adalberto Pedro explicou também que a comissão passo por diversos órgãos do governo, como a Secretaria de Gestão de Pessoa, a própria Secretaria de Justiça e a PGE (Procuradoria Geral do Estado) para saber sobre a contratação do pessoal, sem ter nenhuma resposta definitiva. “Ficou um jogo de empurra”, resumiu. Por conta do problema, a comissão decidiu procurar a Secretaria de Justiça, hoje, para informar que iria questionar judicialmente o procedimento. “Passamos no concurso, queremos nossos direitos e não podemos ficar esperando alheios a esses problemas que não criamos”, desabafou o representante.
Fonte:Campo Grande News