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Recovê denuncia procurador, PF e CIMI

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05/11/2004 11h29 – Atualizado em 05/11/2004 11h29

Reporter MS

“Protecionismo escancarado e parcial do procurador da República Charles Pessoa, do Ministério Público Federal em Dourados, a conivência da Polícia Federal e articulações do CIMI (Conselho Indigenista Missionário) em todas as invasões” foram denunciados pela coordenadora de ações da Recovê, Roseli Maria Ruiz Silva, durante protesto realizado anteontem em Ponta Porã.

Tanto ela, quanto o presidente da ONG, Pio Queiroz, responsabilizaram os três órgãos pela existência da “indústria da invasão” no Estado. “É do CIMI, braço da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), o caminhão que esta servindo aos índios nas invasões e que transporta ramas de mandioca e sementes para legitimar as invasões”, disse ela.

Roseli Silva afirmou que possui provas de que o caminhão está sob responsabilidade de um frei da igreja católica de Amambai. Ela denunciou também o antropólogo italiano Fábio Mura, que seria financiado pelo governo brasileiro, por estar “fabricando terras indígenas na região de fronteira” e acusou o CIMI de estar locando veículos em Campo Grande para levar o antropólogo às fazendas da região.

“O mais grave é que os carros do CIMI estão sendo escoltados pela Polícia Federal, ou seja, a PF está conivente com este crime”, afirmou a coordenadora, que responsabilizou diretamente o procurador Charles Pessoa por “legitimar a criminalidade no meio indígena, declarando-se parcial e abertamente à favor dos índios, estejam eles certos ou não”.

Citando casos recentes, a produtora rural Lisnei Correia, vice-presidente da Recovê, disse que a Polícia Federal enfrenta os produtores rurais, aponta armas, faz ameaças, “mas quando está diante dos índios não faz nada, ´murcha´, submete-se, chega a ser ridículo”. Ela entende que invasão indígena é crime organizado, um desrespeito aos pioneiros e que as ações do governo, através da Funai e do Ministério Público Federal, constituem-se em confisco.

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