17/02/2005 17h46 – Atualizado em 17/02/2005 17h46
Da Redação
A manhã desta quinta-feira (17) foi de mobilização municipal em torno de um assunto que está mexendo com toda a população de Três Lagoas: a vinda da cervejaria Schincariol para a cidade.
Uma enquete realizada por uma emissora de radio, ouviu dezenas de pessoas sobre a possibilidade de Três Lagoas perder o investimento de mais de R$ 120 milhões por falta de cooperação dos donos da área pretendida pela empresa para a instalação do empreendimento. Eles reduziram apenas 10% sobre o preço proposto aos diretores da cervejaria, estipulando em R$ 90 mil o alqueire. A proposta anterior era de R$ 100 mil. O impasse está no fato de, segundo levantamentos imobiliários, o preço de mercado para a área, girar em torno de R$ 50 mil o alqueire. A redução do valor foi confirmada pelos proprietários numa reunião realizada entre a prefeita Simone Tebet e os vereadores, na manhã desta quarta-feria, 16.
O resultado da enquete não poderia ser diferente. 100% dos entrevistados se mostraram preocupados com a possibilidade da empresa desistir de Três Lagoas. Um dos pedidos mais requisitados pela população, é que fosse informado o nome dos donos da área, e se os mesmos têm alguma outra atividade comercial na cidade, porém devido às negociações ainda estarem em andamento, os nomes não foram revelados pela emissora.
A possibilidade de perder o número de empregos gerados pela cervejaria – 700 diretos e cerca de 1,5 mil indiretos – foi o ponto apontado pela população como mais preocupante.
“Três Lagoas não pode perder essa empresa por causa da ganância de duas pessoas. Precisamos de empregos e progresso, coisas que a cervejaria vai possibilitar para a cidade”, disse um ouvinte.
O assunto ocupou o veículo de comunicação durante toda a manhã. Vereadores e a prefeita Simone Tebet (PMDB) participaram ao vivo da programação e também manifestaram sua preocupação em relação à questão.
Simone informou que, até o início da manhã, os empresários donos da área não haviam manifestado mudança em sua postura.
“Eles ainda não mudaram sua posição. Diante disso, chegamos a oferecer uma outra área para a cervejaria no distrito industrial, mas ela não corresponde à estratégia de marketing da empresa. Tem também a questão da documentação. Eles precisam de uma área onde receberão, de imediato, a escritura para que possam liberar a verba a ser utilizada para a obra. Se tivermos que desapropriar uma área, esse trâmite impedirá a disponibilização imediata dessa documentação”, explicou Simone.
Após as palavras da prefeita, o espaço foi ocupado por um grupo de vereadores, que ratificaram a preocupação demonstrada pela população.
O assunto ainda está indefinido, mas, segundo a prefeita Simone Tebet, no que depender da prefeitura, da Câmara e da população local, não serão medidos esforços para que, até o final do ano, a cervejaria já esteja produzindo bebidas em terras três-lagoenses. (Assessoria de Imprensa)
