08/03/2005 17h28 – Atualizado em 08/03/2005 17h28
Da Redação
Representantes do Projeto Sentinela reuniram-se hoje à tarde no 1ºDP com a Dra. Magali Corsato, da delegacia da mulher, membros do conselho de direitos da criança e adolescente (CMDCA), conselho tutelar, o delegado Frank Corpa e o Major Enir Souza para tratar de assuntos referentes aos direitos da criança e adolescente na cidade.O objetivo principal da reunião foi buscar alternativas para sanar as deficiências do Projeto Sentinela, programa que atende crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, e está ativo na cidade desde 2001. “Nossa grande dificuldade é que há casos de crianças que não são encaminhadas ao programa, ou são encaminhadas com demora”, afirmou Creusa Ferreira, coordenadora do projeto.Entre os itens discutidos pelo grupo colocou-se a necessidade da montagem de uma rede de atendimento à criança e adolescentes, que permita o atendimento imediato de crianças vítimas de abuso. Além disso, discutiu-se o uso do kit violência e propostas de mudanças no exame de corpo delito pelo qual passam as vítimas.A presidente do Conselho, Vilma Portella, abordou o despreparo dos médicos em lidar com o “kit violência”, que é um conjunto de medicamentos indicados a vítimas de abuso sexual. “Os médicos dizem que gostariam de uma melhor orientação quanto ao uso do kit”, afirmou. O kit inclui coquetel anti-HIV, vacina contra hepatite B, pílula do dia seguinte e remédios para evitar o contágio com outras doenças sexualmente transmissíveis.Quanto à questão do trato e encaminhamento de menores infratores, o grupo discutiu o trabalho em conjunto de policiais e conselho tutelar. “Às vezes a lei tromba com o trabalho policial”, falou Frank Corpa, referindo-se à legislação do menor e adolescente. O delegado completou dizendo que a reunião era importante para a distribuição de responsabilidades. “Fico mais feliz de poder contar com o grupo para dividir responsabilidades”, explicou.
