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Bando invade e incendeia jornal e duas rádios de Marília

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09/09/2005 08h36 – Atualizado em 09/09/2005 08h36

Estadão

Três homens encapuzados invadiram o prédio da Central Marília de Notícias (CMN), por volta das 03h30 desta quinta-feira, e provocaram um incêndio que destruiu cerca de 80% das instalações do edifício. O jornal Diário de Marília e as rádios Diário FM e Dirceu AM tiveram seu equipamentos danificados, segundo o site do grupo (www.diariodemarilia.com.br).A invasão deu-se quando uma mulher morena, aparentando 25 anos, perguntou ao vigia Sérgio Silva de Araújo, de 39 anos, como deveria proceder para enviar cartas a um programa de rádio. Para atendê-la, o funcionário abriu a porta e acabou rendido pelos homens, armados com pistola. O vigia era o único funcionário presente no local na hora do crime.Com a arma apontada para o pescoço, Araújo foi obrigado a deitar no chão e amarrado de mãos para trás, com um fio elétrico levado pelos bandidos. Mesmo sem reagir, levou uma coronhada na testa e ficou vigiado por um dos invasores, enquanto os outros dois queimavam o prédio. Os três bandidos permaneceram no local por meia hora. Após saírem, o vigia soltou-se e foi a um posto de gasolina para chamar a polícia.O fogo destruiu todo o equipamento da rádio FM e parte da AM e uma parte do jornal. As rádios permaneceram fora do ar; a equipe do jornal trabalha para fazê-lo voltar a circular no sábado, com impressão em parque gráfico de terceiros.Represália – O “Diário de Marília” é o resultado da fusão, ocorrida em 1992, do antigo “Correio de Marilia”, fundado em 1928 – um ano antes da emancipação da cidade – com o “Marilia Notícias”, de 1986. A Rádio Dirceu está completando 50 anos e a FM existe há aproximadamente 30, tendo funcionado sob outras denominações.A linha editorial do grupo tem provocado grandes polêmicas: “Não falamos em suspeitos, mas ficou claro que foi uma ação criminosa, um atentado contra a empresa e contra a linha editorial do jornal e das rádios, que tem postura crítica em relação aos fatos políticos e sociais de Marília”, diz Rogério Martinez, editor assistente do Jornal Diário de Marília.”Nosso contencioso é grande e muitas pessoas que tiveram os interesses contrariados poderiam estar por trás disso; descobrir quem é, é uma tarefa para a polícia. Nós estamos cuidando apenas de recuperar a casa e continuar a jornada” – concluiu Martinez.A polícia abriu inquérito e investiga o crime. Um Celta branco e uma Belina prata foram vistos nas proximidades por um guarda noturno, na hora em que o prédio do jornal e das rádios era incendiado. A polícia técnica recolheu possíveis provas e deverá emitir seu laudo nos próximos dias.

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