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Garotinho cria ’10 mandamentos’ para greve de fome

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02/05/2006 09h31 – Atualizado em 02/05/2006 09h31

Terra

O pré-candidato do PMDB à Presidência Anthony Garotinho criou uma espécie de 10 mandamentos para sua greve de fome. Num papel, visto através da porta de vidro que separa a sala onde o ex-governador do Rio jejua da imprensa, era possível enxergar a lista de afazeres durante o protesto. O primeiro é divulgar uma nota por dia; segundo, atos dos prefeitos; terceiro, pronunciamentos na Câmara/Senado; quarto, notas para jornalistas; quinto, movimentos na rua contra as Organizações Globo; sexto, nota de aliado (nome ilegível); sétimo, movimento de evangélicos; oitavo, desmentir (as denúncias) ponto a ponto; nono, processo contra a revista Veja; décimo, publicar carta.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou Garotinho. “Se eu fosse entrar em greve de fome cada vez que a imprensa fala mal de mim, eu seria natimorto”, disse. Lula admitiu que “trabalha com a hipótese de aliança com o PMDB”, mas negou pressão contra candidato da legenda a presidente. “O importante é saber o que está em jogo no Brasil. E o PMDB tem papel importante”.Abrigado na sede do PMDB e só bebendo água mineral, o ex-governador mandou, por fax, carta à Organização dos Estados Americanos. O documento pedia ao secretário-geral da OEA, embaixador José Miguel Musso Nuzula, acompanhamento das eleições brasileiras.Depois de longas e tensas conversa com a mulher, a governadora Rosinha, o pastor Ronaldo Fonseca, líder nacional da denominação evangélica Assembléia de Deus, o procurador-geral do estado, Francesco Conte, o chefe de gabinete do governo do estado, Fernando Peregrino, e assessores, Garotinho leu o que chamou de “Carta à Nação”.Antes da leitura, Garotinho agradeceu o telefonema de solidariedade do bispo da cidade de Barra, na Bahia, Luiz Flávio Cappio, que também fez greve de fome contra a transposição do Rio São Francisco. O ex-governador do Rio reclamou de perseguição por parte do sistema financeiro e da mídia, citando as Organizações Globo e a revista Veja. Garotinho pediu para sua defesa o mesmo espaço que os veículos de comunicação têm dado às denúncias de irregularidades nas doações para a pré-campanha dele. Também em nota, a governadora Rosinha Garotinho informou que determinou à Procuradoria Geral do Estado que crie uma comissão para apurar as contratações e execuções de serviços pela Fundação Escola de Serviço Público (Fesp). A comissão será presidida pelo procurador-geral do estado Francesco Conte e terá 30 dias para apresentar um relatório.

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