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Felicidade pode ser medida, afirmam cientistas

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04/05/2006 10h59 – Atualizado em 04/05/2006 10h59

BBC Brasil

A felicidade não é apenas um conceito vago, mas algo tangível e resultante de atividade cerebral que pode ser vista e até medida, de acordo com neurologistas entrevistados para o programa A Fórmula da Felicidade, exibido pela BBC na Grã-Bretanha.De acordo com Morten L. Kringelbach, especialista da Universidade de Oxford, a parte neurológica da felicidade e do bem-estar ainda está engatinhando.Até agora, o foco da pesquisa têm sido dois “parentes distantes” da felicidade: o prazer e o desejo.Em estudos realizados na década de 1950, os psicólogos James Olds e Peter Milner, da Universidade McGill, no Canadá, descobriram que ratos de laboratório puxavam alavancas repetidamente para receber pequenos choques elétricos por meio de eletrodos implantados em seus cérebros.Quando esse estímulo era produzido em certas áreas do cérebro, os ratos puxavam a alavanca até 2 mil vezes por hora.Na verdade, eles suspendiam quase todo o comportamento normal, inclusive a alimentação, o consumo de água e a prática do sexo. Essas constatações sugerem que Olds e Milner descobriram os centros de prazer do cérebro, que se localizariam perto de regiões que são atingidas pelo mal de Parkinson. A principal substância que auxilia a sinalização nervosa nessas regiões é a dopamina. Por isso, ela foi chamada de “substância do prazer” do cérebro.Desejo x prazerEstudos realizados por Robert Heath, da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, com seres humanos, durante a década de 1960, tentaram aproveitar essas descobertas em experiências que envolviam pacientes com problemas mentais e eram polêmicas do ponto de vista ético. Os eletrodos também chegaram a ser utilizados em pessoas para tentar “curar” a homossexualidade, mas esse tipo de pesquisa acabou suspenso.Embora os pesquisadores também tenham observado o uso compulsivo da alavanca em alguns pacientes, não está claro a partir dos relatos subjetivos desses pacientes que os eletrodos tenham realmente causado prazer.Estudos recentes de Kent Berridge, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, indicam que os eletrodos podem ter ativado as regiões anatômicas envolvidas no desejo, e não no prazer.Ao investigar o sistema de recompensa em ratos, Berridge constatou que eles têm expressões faciais de prazer e desagrado em relação ao sabor de alimentos.Alimentos adocicados fazem com que eles lambam os lábios, assim como bebês, comidas amargas os levam a curvar os lábios.

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