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Complexo Aquático da Unigran terá aquecedor solar feito de material reciclado

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09/11/2006 08h36 – Atualizado em 09/11/2006 08h36

Assessoria de Comunicação

Adotando o modelo do inventor José Alcino Alano, que recebeu o Prêmio “Super Ecologia de 2004”, a Unigran poderá substituir o sistema convencional de aquecimento de água em seu complexo aquático por um aquecedor solar feito de garrafas plásticas, embalagens descartadas de leite longa vida e tubos de PVC. O projeto põe em prática o conceito de consumo responsável dos recursos naturais e foi solicitado pelo presidente de honra da Unigran, Murilo Zauith. Na mesma linha de responsabilidade ambiental, a Instituição investe também num sistema de captação de água das chuvas, para utilizar na limpeza geral de suas instalações. O encarregado do teste com o aquecedor solar ecológico para as piscinas da Unigran, o pró-reitor administrativo, engenheiro Rubens Di Dio, disse que o novo projeto deverá estar pronto em um mês. Ele ressalta que a idéia resulta da política da Instituição contra o desperdício e pela economia dos recursos naturais. “Nós, brasileiros, precisamos estar atentos ao que está acontecendo no ecossistema e o papel da universidade é promover essa conscientização”, disse o pró-reitor. O sistema escolhido pela Unigran é o mesmo que foi adotado também pela Universidade Federal de Santa Catarina e pelo Governo do Estado do Paraná. Rubens Di Dio diz que o projeto dará utilidade a uma grande quantidade de materiais que poderiam poluir o solo e mananciais da região, como as garrafas PET de refrigerantes e as caixas de leite, que são misturas de alumínio, polietileno e celulose, de difícil reciclagem. Esses dois materiais envolvem uma tubulação de PVC, montada em forma de serpentina, e são os componentes essenciais do projeto. Abertas e pintadas de preto-fosco, as embalagens viram células coletoras de energia solar. Elas são acondicionadas nas garrafas plásticas de 2 litros, com os fundos cortados para haver encaixe de uma na outra, ao longo de um cano. Vários canos interligados, lado a lado, formam o painel coletor de energia, que, nos sistemas convencionais de aquecimento solar, são construídos com vidro e alumínio. “As garrafas envolvem os canos por onde passa a água e mantém o calor através de efeito estufa, a água sai do reservatório em temperatura ambiente, passa lentamente pelo sistema, eleva a sua temperatura e volta para a caixa”, disse o engenheiro, explicando que o aquecedor de material reciclado funciona pelo princípio físico termo-sifão. Por isso, o reservatório de água deve ficar em nível acima do painel. Ao passar pelo painel coletor, a água se esquenta com o calor do sol, perde densidade e provoca a circulação de todo o volume de água pelo sistema. Vários modelos industriais de aquecedores também são baseados no termo-sifão, mas usam ou o petróleo ou a eletricidade para esquentar a água. Não será mais o caso da Unigran, que pretende eliminar o consumo de milhares de quilowatts por ano para manter os 450 mil litros de água da piscina semi-olímpica em confortáveis 25º a 28º C, e a sua piscina terapêutica entre os 30º e 34º C. Para o futuro próximo, a idéia é ampliar esse sistema ecológico de aquecimento para todo campus da Instituição. (AV-CM-JR)

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