10/11/2006 16h37 – Atualizado em 10/11/2006 16h37
Terra
O pastor Marcos Ferreira, que conversou com o homem que mantém cerca de 20 homens reféns, além da ex-mulher, na rodovia Presidente Dutra, na altura do município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, disse que o homem não parece estar bem. Segundo o pastor, o homem e a mulher choram muito. A mãe e irmã do homem também foram ao local para tentar ajudar a resolver o impasse. O homem pediu a presença dos três filhos, segundo a Globonews. A polícia negocia desde o início da manhã desta sexta-feira a libertação de passageiros. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o seqüestro teria motivação passional. “A nossa estratégia é vencê-lo pelo cansaço, e ele já começa a apresentar os primeiros sinais de cansaço físico e emocional. É um quadro delicado. O sucesso depende acima de tudo da vítima principal, que é a ex-mulher dele”, explicou Hélio Dias, inspetor da Polícia Rodoviária Federal. O seqüestrador, segundo alguns passageiros já libertados, estaria revoltado por ter sido traído pela ex-mulher e ameaça matá-la e depois se suicidar. Os passageiros contaram que a mulher foi agredida algumas vezes pelo seqüestrador. No momento em que o homem anunciou o seqüestro, pouco depois das 8h, o ônibus estava lotado, mas os reféns foram liberados no transcorrer das negociações. O incidente lembrou outro seqüestro em um ônibus no Rio de Janeiro. Em junho de 2000, Sandro do Nascimento – um sobrevivente da chacina da Candelária, de 1993 – sequestrou o ônibus 174. O sequestro, que durou 4 horas, culminou com a morte de uma das reféns, Geisa Gonçalves, com quem Nascimento, ao resolver se entregar, havia descido do ônibus. Um policial, tentando salvar a refém, atirou na direção do sequestrador, mas errou o tiro e Nascimento, conforme havia ameaçado, atirou contra a passageira. O sequestrador acabou sendo morto por asfixia, na viatura policial, depois de ser rendido.
