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Coronel afirma que não via problema em ter site erótico

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20/11/2006 16h07 – Atualizado em 20/11/2006 16h07

Campo Grande News

O tenente-coronel Gustavo David Gonçalves, disse esta manhã, durante depoimento na Auditoria Militar, que não via problema algum em ter um site pornográfico e que não escondia isso de seus superiores. Ele foi denunciado à Justiça Militar por manter um site que agenciava acompanhantes e travestis para programas sexuais, o Classisexyms, que foi retirado do ar. O coronel disse que adquiriu o site já formatado entre o fim do ano passado e início deste e que, embora não escondesse que o tinha, também não costumava falar. Não sabe dizer se os superiores dele sabiam ou não que ele tinha o site. Alegou que operava o site da casa dele, fora do horário de serviço e nunca dentro do quartel da Polícia Militar. Também depôs Francislaine Aretuza de Souza, que era sócia dele no site. Em um contrato informal, eles acertaram que ela receberia 40% dos valores por anúncios postados e que tiraria fotos das mulheres que quisessem aparecer. Ela diz que não chegou a receber nada pelo trabalho, porque desistiu por falta de tempo para se dedicar a ele. Diz que chegou a vender um anúncio que não chegou a ser postado, por isso não recebeu. Afirmou, ainda, que devolveu a máquina fotográfica ao coronel David. O coronel Mário José Martins Ferreira, da PM2, que acompanhou as diligências de mandado de busca e apreensão, contou que o computador onde foram encontrados os arquivos referentes ao site estava em uma conveniência que fica no posto de combustível da rua Dom Aquino com padre João Crippa.O estabelecimento pertenceria a uma irmã do coronel, teria sido comprado para ela, pelos irmãos. Ronilson Rodrigues da Costa, que arrendou a conveniência entre 10 de abril até 10 de setembro último, disse que nesse período o coronel não usou o computador. Disse que só teve contato com ele em uma ocasião, para pagar R$ 500,00 referente ao valor do arrendamento. Nos outros meses o pagamento foi feito direto à irmã do coronel. Também foram encontrados arquivos referentes ao site em um notebook vendido pelo coronel a um capitão que o vendeu depois ao coronel Juvenal da Penha Muniz. O filho do coronel viu os arquivos. David não quis falar com a imprensa. Seu advogado, Ivan Lacerda, disse que agora tem um prazo de cinco dias para arrolar testemunhas de defesa e não quis adiantar a tese da defesa para não atrapalhar andamento do processo. A intenção é que ele seja julgado antes do dia 20 de dezembro.

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