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quarta-feira, 2 de julho de 2025

Ator de Turistas pede desculpas ao povo brasileiro

02/12/2006 16h38 – Atualizado em 02/12/2006 16h38

Estadão.com

O ator norte-americano Josh Duhamel, protagonista do polêmico filme Turistas, rodado no Brasil, que mostra um grupo de jovens norte-americanos em férias que acaba vítima de uma quadrilha de tráfico de órgãos em algum lugar da costa brasileira, pediu desculpas ao governo e ao povo brasileiro. O ator elogiou o País durante entrevista na quinta-feira ao The Tonight Show with Jay Leno, talk show da NBC, e afirmou um dia antes da estréia do filme nos Estados Unidos que a obra não pretende fazer com que as pessoas deixem de visitar o Brasil.

A presidente da Embratur, instituto responsável pela divulgação do Brasil no exterior, Jeanine Pires, também afirmou acreditar que o País não deixará de receber turistas por causa do filme. “É uma obra de ficção e acreditamos que o expectador saberá diferenciar a realidade da ficção. A única coisa verdadeira que o filme mostra são as belezas naturais do Brasil.”

Mesmo assim, o Ministério do Turismo, por meio da Embratur, já conta desde 10 de novembro com um plano de ações para minimizar os possíveis efeitos negativos do filme à imagem do Brasil. “Por meio de um programa chamado Monitor Brasil, que acompanha o que é publicado sobre o País na imprensa internacional, monitoramos diariamente a repercussão do filme nos Estados Unidos e já estamos trabalhando para reverter eventuais efeitos negativos”, explica Jeanine.

O filme, uma produção da Fox Atomic, divisão dos estúdios Fox Filmed Entertainment com enfoque no público entre 17 e 24 anos, estreou nos Estados Unidos nesta sexta-feira sob duras críticas da imprensa. Uma matéria do New York Times diz que “esses estúpidos do horror” levariam chicotadas na prisão se a estupidez fosse crime. Já o New York Daily Times pede aos leitores para tomarem cuidado com a armadilha de Turistas e afirma que esta mais nova película de uma lista sem fim de thrillers de jovens em perigo ao menos oferece a “vantagem visual de uma locação exótica e bela”. A obra é o primeiro longa-metragem norte-americano totalmente filmado no Brasil.

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