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Caso Dorothy Stang continua sem solução após 2 anos

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12/02/2007 17h22 – Atualizado em 12/02/2007 17h22

G1.com.br

Nesta segunda-feira (12) completam dois anos que a missionária norte-americana Dorothy Stang foi assassinada em Anapu, no Oeste do Pará, com sete tiros. Para marcar a data e lembrar da religiosa, foi celebrada nesta manhã um ato ecumênico em frente ao Fórum Cível de Belém. A celebração reuniu movimentos sociais, igrejas cristãs e agentes pastorais, que cobram o julgamento dos fazendeiros apontados como mandantes do crime.

Nesta tarde, será entregue um documento relatando casos de morte no campo e a situação de famílias que vivem em áreas rurais para a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, e para a secretária de Segurança Pública, Vera Tavares. Três dos cinco envolvidos no crime _ Rayfran das Neves, Clodoaldo Carlos Batista e Amair Feijoli _ foram condenados. O fato de ter sido condenado a mais de 20 anos de reclusão deu direito a Rayfran a um novo julgamento, que ainda não foi marcado.

 Ainda não sentaram no banco dos réus os fazendeiros Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, e Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão. Eles são acusados de mandar assassinar a freira. O julgamento não ocorreu porque tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) dois pedidos de habeas corpus impetrados pela defesa dos fazendeiros na tentativa de não levá-los a júri popular. A falta de solução do caso Stang é só um dos exemplos de como os casos de crimes agrários são tratados no país. O relatório divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) no ano passado mostra que a violência no campo bateu recordes em 2005. O caderno Conflitos no Campo ainda não foi atualizado com dados referentes a 2006, mas os números do ano anterior dão uma prévia do que deve ser divulgado ainda neste semestre: em 2005, a CPT computou 102 mortes no campo em decorrência da luta pela terra. No mesmo ano, foram assassinados 38 trabalhadores rurais.

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