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‘Passou um filme na minha cabeça’, diz jovem feita refém em ônibus em SP

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25/05/2009 16h25 – Atualizado em 25/05/2009 16h25

A ida ao trabalho na manhã desta segunda-feira (25) foi traumática para a analista financeira Thaís Alves, de 25 anos. Ela era um dos seis reféns dentro de um ônibus em Santo Amaro, Zona Sul da capital paulista. “Quando ouvi os tiros, me abaixei. Passou um filme na minha cabeça”, contou ela, sobre os momentos de pânico que as vítimas passaram.

De acordo com a Polícia Militar, os dois assaltantes fugiam de policiais militares e houve troca de tiros na Rua Cerqueira César, onde fica o ponto final do ônibus de Thaís. Neste momento, um cobrador que estava na calçada foi baleado no braço e na perna. “Quando eu vi, já tinham dois homens armados dentro do ônibus”, disse a jovem, que contou estar grávida de um mês e, por isso, foi a primeira a sair. Com medo, não quis mostrar o rosto.

“Eu pedi, por favor, para sair e eles deixaram, afirmou ela, que calcula ter ficado no veículo entre 7h30 e 8h30 (os outros reféns foram liberados às 9h40).

De acordo com Thaís, apesar do medo, os passageiros conseguiram manter a calma. A analista informou que, logo que percebeu a invasão, mandou uma mensagem de texto pelo celular para o marido, que foi até o local. “Eu disse que era refém e depois os policiais usaram o celular dele e o meu para a negociação”.

Sentada ao fundo, Thaís lembrou ter ouvido dois tiros para o alto quando os criminosos estavam no coletivo, que faz a linha Jardim Lídia – Santo Amaro. Ela disse que não viu como o cobrador foi baleado. Ele trabalharia no veículo parado atrás do dela. Depois da chegada da imprensa, uma das exigências dos assaltantes, e de dois coletes à prova de balas, Thaís foi liberada.

Susto

Quem também levou um susto e tanto foi o motorista Marcos Alberto Souza, de 40 anos, que viajaria no mesmo ônibus do cobrador baleado (não é o coletivo invadido). “Eu estava sentado na calçada e, quando ouvi o primeiro disparo, corri. Aí fiquei escondido atrás de uma banca”.

Ele também não soube informar de onde partiram os disparos que feriram o cobrador. Sabe apenas que havia policiais militares atrás dos dois homens, que antes haviam assaltado uma casa no bairro. Um terceiro bandido participou da ação na residência, mas foi preso antes de entrar no ônibus com a dupla armada. Com eles, a polícia disse ter apreendido dois revólveres e uma pistola.

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