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Destroços de torre da Claro incomoda vizinhança

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05/02/2011 12h06 – Atualizado em 05/02/2011 12h06

Ferros retorcidos mostra com exatidão a violência do vendaval que castigou a cidade

Moradores da localidade, também pensam em acionar a Claro na Justiça para remover os escombros da antena do local.

Ricardo Ojeda e Ana Barbosa

Tem acontecimentos trágicos que as pessoas só ficam sabendo, através dos noticiários da televisão, e nunca imaginam que pode acontecer com elas.

Uma ocorrência que mudou a rotina da grande maioria dos moradores de Três Lagoas aconteceu na noite do dia 27 de setembro do ano passado. A cidade foi atingida por um ciclone extratropical, que em sua curta passagem deixou um rastro de morte e destruição.

CORREDOR DE DESTRUIÇÃO

O ciclone atingiu uma parte da cidade, fazendo uma espécie de corredor de destruição. O vendável destelhou e devastou casas, conjuntos esportivos, derrubando árvores sobre veículos, torres de telefonia, fios de alta tensão, torres de energia, entre outros.

As fortes rajadas de ventos deixaram marcas físicas na cidade e psicológicas nas pessoas, além de prejuízos materiais. Ainda existem desabrigados morando de favor, nas casas dos parentes, outras estão hospedados em hotéis.

TORTURA PSICOLOGICA

A marca mais profunda está no consciente das pessoas, as torturando psicologicamente. Ao simples sinal de chuva, com ventos um pouco mais forte que o habitual a grande maioria fica com semblante marcado pelo medo e preocupação.

A ansiedade dos moradores é causada pelas marcas deixadas pela destruição que, mesmo decorridos quatros meses, podem ser vistas vários pontos da cidade.

Exemplo disso são os escombros das quadras esportivas da Lagoa Maior, que continuam no local. Além disso, fachadas de lojas que foram destruídas ainda ajudam reviver a lembrança do vendaval.

Quanto aos escombros dos imóveis públicos, a prefeitura divulgou que enquanto a verba do Governo Federal não for repassada, nada pode ser feito. Já em relação às fachadas das empresas a informação é que estão sendo negociadas com as seguradoras.

INDIGNACAO E LEMBRANCA

A situação que mais chama a atenção é a torre de telefonia da operadora Claro, derrubada pelas fortes rajadas de vento. Os escombros ainda não foram retirados do local, que fica localizado em área residencial, bem no ponto central da cidade.

O monte de ferros retorcidos mostra com exatidão a violência do vendaval que castigou a cidade. Por outro lado, o cenário da torre destruída está causando indignação nas famílias que moram próximas ao local. Muitas querem esquecer a data, mas ao saírem de suas casas, não têm como não avistar os escombros.

VIDA NORMAL

A torre desabou sobre varias casas, e alguns desses imóveis tiveram perda total. Gabriela Latta, que possui uma casa que foi destruída pela queda da torre, hoje mora com a família em um hotel da cidade e não vê à hora de voltar ter uma vida normal. Segundo ela, a operadora Claro está pagando as despesas das hospedagens, mas fica triste quando passa em frente do seu imóvel completamente destruído. “Eu queria esquecer, mas não consigo”, disse.

Situação parecida vive Elaine Cristina de Oliveira Queiroz que teve o imóvel comercial também atingido pela queda da torre. “Só vejo prejuízo e tenho receio que aconteça de novo uma tempestade igual! Ficaram de pagar meu aluguel! Tive que entrar na justiça!”, disse ela.

Outros moradores da localidade, também pensam em acionar a Claro na Justiça para remover os escombros da antena do local.

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